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Projeto e Revolução : do fetichismo à gestão, uma crítica à teoria do design
Matias, Iraldo Alberto Alves, 1974
Universidade Estadual de Campinas. Instituto de Filosofia e Ciências Humanas
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Título:
Projeto e Revolução : do fetichismo à gestão, uma crítica à teoria do design
Autor:
Matias, Iraldo Alberto Alves, 1974
Descrição:
Orientador: Jesus José Ranieri Tese (doutorado) - Universidade Estadual de Campinas, Instituto de Filosofia e Ciências Humanas Made available in DSpace on 2018-08-24T19:32:34Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Matias_IraldoAlbertoAlves_D.pdf: 2291723 bytes, checksum: 06c888c8f46067e4b5ba863e2ebd1e7d (MD5) Previous issue date: 2014 Resumo: A presente tese busca analisar a natureza contraditória da atividade criativa aplicada à produção material humana, conhecida como design industrial. Surgido da divisão social do trabalho, que separou e hierarquizou os processos de concepção/gestão e execução, o design tem acompanhado as próprias transformações do atual modo de produção, principalmente a chamada reestruturação produtiva. Ligado historicamente à produção industrial capitalista, em determinados momentos da história do design surgem "fissuras emancipatórias" que, em última instância, não conseguem romper com a lógica contraditória da mercadoria, tampouco com a rigidez tecnocrático-gestorial da organização capitalista do processo de produção/circulação. Portanto, ao contrário do que afirmam determinadas concepções teóricas, o design nem sempre foi um instrumento de reprodução do capital, como se verificou no estudo de uma série de experiências históricas aqui apresentadas. No entanto, notou-se também um total descaso da teoria do design com estes aspectos, ao negligenciar os pontos de contato entre projeto e socialismo/comunismo. A hipótese é que estas contradições se assentem sobre a ligação estrutural que o design tem com a forma mercadoria, expressando as contradições entre valor de uso e valor (de troca), no processo de produção e reprodução do capital. Mais do que isso, a análise realizada também demonstrou que o design vem se tornando uma atividade eminentemente gestorial. Portanto, a teoria do design, objeto de investigação deste trabalho, na medida em que expressa aspectos das relações sociais de produção capitalistas, será confrontada com a crítica à Economia Política de Marx e com a teoria dos gestores de João Bernardo. Serão abordados aspectos históricos do design a partir dos conflitos sociais; as relações entre produção, circulação, consumo e necessidades humanas; assim como o problema do fetichismo da mercadoria. Na relação do design com o trabalho abstrato, a atividade de concepção aparece na forma de uma criatividade estranhada, quando posta exclusivamente a serviço da acumulação de capital. A análise da "virada gestorial" no design vai demonstrar como esta área vem se tornando cada vez mais apenas um instrumento "estratégico" de concorrência capitalista, de dominação de classe, engendrando uma série de "novos fetichismos". Este trabalho encerra com uma reflexão sobre as possibilidades históricas para o campo do projeto, numa possível transição para o comunismo. Pretende-se, assim, contribuir com o desenvolvimento de uma teoria do design crítica Abstract: This thesis aims to analyze the contradictory nature of creative activity as applied to human material production, or what is known as Industrial Design. Having emerged from the social division of labor, which separated and hierarchized the processes of conception/management and execution, Design has been paralleling the changes in the current mode of production, particularly that known as productive restructuring. At certain points in the history of Design - a history linked to capitalist industrial production - there appeared some "emancipatory fissures" which ultimately could not break the contradictory logic of the commodity, nor the technocratic-managerial rigidity of the capitalist organization of production/circulation. Therefore, contrary to what some theoretical conceptions suggest, Design has not always been an instrument of capital reproduction, as the historical experiences reported in this study show. However, a total disregard for these issues was also noted in Design theory in the form of a neglect of any points of contact between project and socialism/communism. The hypothesis is that these contradictions rest on the structural link between Design and the commodity form, expressing the contradictions between use value and (exchange) value in the processes of production and reproduction of capital. In addition, the analysis shows that Design is becoming a predominantly managerial activity. Insofar as it expresses aspects of the capitalist social relations of production, Design theory, the object of this study, is confronted with the critique of Marx¿s political economy and João Bernardo¿s "theory of managers". Issues addressed include historical aspects of Design from the stance of social conflicts; the relations between production, circulation, consumption and human needs; and the problem of commodity fetishism. In the relationship between Design and abstract work, the activity of conception appears in the form of estranged creativity when put exclusively to the service of capital accumulation. Analysis of the "managerial turn" in Design shows that the area is increasingly becoming more of a mere "strategic" instrument of capitalist competition and class domination, engendering a series of "new fetishisms". This thesis ends with a reflection on the historical possibilities for the field of Project in a possible transition into communism. It is hoped that this work will contribute to the development of a critical theory of Design Doutorado Sociologia Doutor em Sociologia
Editor:
Universidade Estadual de Campinas. Instituto de Filosofia e Ciências Humanas
Idioma:
Inglês
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