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Efeito do escitalopram no teste da simulação de falar em público

Cybele Garcia Leal Francisco Silveira Guimarães

2008

Localização: FMRP - Fac. Medicina de Ribeirão Preto    (Leal, Cybele Garcia )(Acessar)

  • Título:
    Efeito do escitalopram no teste da simulação de falar em público
  • Autor: Cybele Garcia Leal
  • Francisco Silveira Guimarães
  • Assuntos: ANSIEDADE; COMUNICAÇÃO VERBAL (TESTES); PÚBLICO; FÁRMACOS
  • Notas: Tese (Doutorado)
  • Descrição: Os modelos experimentais com voluntários saudáveis têm a vantagem de produzir amostras mais homogêneas e de menor complexidade do ponto de vista das manifestações clínicas. Diversas evidências sugerem que o Teste da Simulação de Falar em Público (SFP) envolve os mesmos substratos neurais do Transtorno do Pânico (TP). Os estudos com desafios farmacológicos investigam o papel dos sistemas de neurotransmissores nas doenças mentais. Nesse sentido, a administração aguda de drogas que potencializam a neurotransmissão serotonérgica em voluntários saudáveis geralmente estimula o eixo hipotálamo-hipófise-adrenal. Contudo, há resultados controversos na literatura. Estudo recentemente realizado em nosso laboratório mostrou que o SFP não aumentou o cortisol salivar em pacientes com TP sintomáticos ou assintomáticos e em voluntários saudáveis. O escitalopram, o enantiômero ativo do citalopram, um inibidor seletivo da recaptação da serotonina, ainda não foi avaliado no modelo do SFP. O objetivo desse estudo, portanto, foi o de avaliar a administração aguda do escitalopram nesse teste. Voluntários saudáveis receberam, num estudo duplo- cego e randomizado, placebo (n=12), 10 (n=17) ou 20 (n=14) mg de escitalopram e foram submetidos ao SFP após duas horas. A ansiedade subjetiva e os sintomas somáticos foram avaliados através da escala analógica visual do humor e da escala de sintomas somáticos. A pressão arterial, freqüência cardíaca e condutância da pele também foram
    medidas. O cortisol e prolactina plasmáticos foram dosados no basal, antes e após 0, 15, 30 e 60 minutos do SFP. Dez e 20 mg de escitalopram prolongaram a ansiedade induzida pelo SFP. A dose de 20 mg aumentou a confusão mental após duas horas da administração da droga e elevou o cortisol e prolactina plasmáticos após o SFP. Considerando a evidência que grupos neuroniais distintos de serotonina são regulados diferentemente, podemos interpretar esses resultados considerando que o escitalopram pode ter reduzido a serotonina no sistema serotonérgico mesolímbico que regula a resposta comportamental ao estresse, prolongando a ansiedade no SFP. E por outro lado, agindo no sistema serotonérgico que regula a resposta hormonal ao estresse, a droga pode ter produzido resposta neuroendócrina através do aumento de serotonina. Mais estudos são necessários para investigar essa possibilidade e para avaliar a utilidade do escitalopram como sonda neuroendócrina
  • Data de criação/publicação: 2008
  • Formato: 99 p. anexos.
  • Idioma: Português

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