skip to main content
Primo Search
Search in: Busca Geral

A Nossa Casa. Proposta de uma reforma moderna para a arquitectura portuguesa 1890-1933. Trânsitos europeus na obra de Raul Lino

Carla Alexandra Garrido de Oliveira

Sem texto completo

Citações Citado por
  • Título:
    A Nossa Casa. Proposta de uma reforma moderna para a arquitectura portuguesa 1890-1933. Trânsitos europeus na obra de Raul Lino
  • Autor: Carla Alexandra Garrido de Oliveira
  • Descrição: Ao longo das primeiras três décadas do século XX Raul Lino constrói uma proposta de renovação da arquitectura portuguesa a partir da reforma da casa, assente na apropriação de referências estrangeiras, traduzindo-as em formas modernas inspiradas nas nossas paisagens e nas nossas coisas antigas. É esta a tese em defesa, que procura compreender como se processa tal elaboração, desde os primeiros projectos e pequenos textos, passando pela sua participação no desígnio republicano de generalização e elevação do ensino e da cultura popular, até à publicação dos seus três livros dedicados à nossa casa portuguesa. Um dos objectivos da tese consiste em identificar os influxos europeus que Raul Lino transporta, e como os adapta a novas formas em continuidade com as nossas tradições; simultaneamente fica aberta a possibilidade de inserir a sua proposta arquitectónica nas correntes reformadoras dos seus congéneres europeus. O reconhecimento da sua biblioteca é determinante, compreendo que é precisamente pela sua formação estrangeira que Raul Lino se dispõe a ser português; com o exemplo do episódio do pavilhão de Paris 1900, a primeira parte elabora sobre os Fundamentos europeus para um percurso português. Outro objectivo decorre da necessidade de esclarecer como a Raul Lino e a seus apoiantes foi necessário demarcar-se da questão da casa portuguesa, que nos anos de 1900 decorria em paralelo à publicação dos seus primeiros projectos; o repassar destes textos de época permite reconhecer que tal conduz à designação de movimento tendente à nacionalização da nossa arquitectura doméstica, logo seguido de uma corrente reformadora. Um dos intervenientes é Rocha Peixoto que, defendendo um hibridismo etnológico e arqueográfico como estratégia, se opunha à concepção artística e ontológica do projecto de arquitectura de Raul Lino, posicionamentos em discussão na segunda parte, 1893-1909, O debate da casa portuguesa. Na terceira parte, 1908-1917, Casa-construção: profissão e públicas-acções, afere-se como neste período Raul Lino sedimenta uma ideia de pedagogia e moral de habitar, empreendendo outras frentes de divulgação, nomeadamente a partir da série de jardins-escolas, casa-equipamento suporte do programa pedagógico de João de Deus. Observa-se igualmente como Raul Lino acusa a influência da casa inglesa de Baillie Scott, tal como o exemplo da transposição dos seus valores para a renovação da casa alemã proposta por Hermann Muthesius -defendendo o conforto interior e quotidiano como cerne do problema da casa, a par da íntima relação entre este e o seu exterior, e entre a casa, o mobiliário e o jardim. A quarta parte, Arquitectura construída, arquitectura escrita, observa como os problemas anteriores confluem em sínteses, primeiro no projecto -a casa do Cipreste como opera prima- e depois no primeiro livro, A Nossa Casa -inserindo aqui a referência editorial dos irmãos Fletcher. A partir deste e pelo problema de escrever e exemplificar em arquitectura -pelo género tanto da palavra como das imagens- propõe-se Casas Portuguesas como uma revisão do primeiro livro, incorporando ainda a reflexão sobre a história de A Casa Portuguesa: história, arquitectura, casa, arquitector, correspondem-se constituindo corpo vivo e orgânico. A história da arquitectura é um pouco como a vida de um homem; a vida de um homem um pouco como a história da arquitectura. Over the first three decades of the twentieth century, Raul Lino constructs a proposal for renovating portuguese architecture as entailed by the reform of the house, by way of appropriating foreign references, translated into modern shapes inspired by our own landscapes and age-old things. Indeed this is the thesis here being defended, seeking to understand how such elaboration is processed, from Lino's earliest projects and short essays, through his partaking in the republican setup of elevation and widespread of education and popular culture, up to the publication of his three books dedicated to our portuguese house. One of this thesis' objectives hinges on pinpointing the European influxes that Lino carries, how he adapts them into new shapes in continuity with our own traditions; simultaneously, there looms the possibility of inlaying his own architectonic proposal into the reforming currents of his European congeners. It is truly decisive the acknowledgement of his library, and one recognises that it is precisely due to his foreign tuition that Raul Lino wills himself into being portuguese; engaging the 1900 Paris Pavilion episode, the first part expounds on European fundaments for a portuguese journey. One other objective stems from wanting to disclose how pressing it was for Lino and his supporters to detach themselves from the portuguese house issue, that in the years of 1900 unfolded in parallel to the publication of Lino's earliest projects; in revisiting writings of this period, one recognises this leads to the appointment of a movement apt on nationalizing our domestic architecture, closely followed by a reforming current. One attendee is Rocha Peixoto, who by defending an ethnologic and archaeographic hybridism as strategy, countered the artistic and ontological conception of the architectural design as per Raul Lino, standpoints to be discussed in the second part, 1893-1909, The portuguese house debate. In the third part, 1908-1917, House-Construction: profession and public-actions, is assessed how in this period Raul Lino entrenches a sense of pedagogy and dwelling morals, undertaking further promulgating ventures, namely through the series of nurseries, the auxiliary house-device to the educational program of João de Deus. One notes also how Raul Lino evidences an english house influence, by way of Baillie Scott, like with the imbuing of its values in the renovation for Hermann Muthesis' german house -upholding the interior and quotidian comfort as the crux of the house, on par with the intimate rapport with the exterior, and between the house, the furniture, and the garden.. The fourth part, Built architecture, written architecture, observes how foregoing problems conflux into synthesis, firstly in the project -the Cypress house as opera prima-, and afterwards in the first book, A Nossa Casa (Our House) -inserting here Fletcher brothers' editorial reference. From it, and on the issue of writing and exemplifying architecture -due to the type of words and images- Casas Portuguesas (Portuguese Houses) is proposed as revision to the first book, comprising also the reflection upon the history of A Casa Portuguesa (The Portuguese House): history, architecture, house, architect, they correlate to each other in establishing a living organic body. The history of architecture is a little like the life of a man; the life of a man a little like the history of architecture.
  • Idioma: Português

Buscando em bases de dados remotas. Favor aguardar.