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Monitorização terapêutica do topiramato em pacientes com epilepsia refratária

Marques, Fabiana Angelo

Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP; Universidade de São Paulo; Faculdade de Ciências Farmacêuticas de Ribeirão Preto 2015-04-06

Acesso online. A biblioteca também possui exemplares impressos.

  • Título:
    Monitorização terapêutica do topiramato em pacientes com epilepsia refratária
  • Autor: Marques, Fabiana Angelo
  • Orientador: Pereira, Leonardo Régis Leira
  • Assuntos: Epilepsia Refratária; Monitorização Terapêutica; Topiramato; Refractory Epilepsy; Therapeutic Drug Monitoring; Topiramate
  • Notas: Dissertação (Mestrado)
  • Descrição: A estratégia mais amplamente utilizada no tratamento da epilepsia é a farmacoterapia. Entretanto cerca de 30% dos pacientes mesmo utilizando o fármaco adequado para o seu diagnóstico não respondem ao tratamento proposto, sendo então diagnosticados com epilepsia refratária. Entre as drogas antiepilépticas (DAE) utilizadas no tratamento da epilepsia refratária encontra-se o topiramato (TPM). O objetivo do presente estudo foi avaliar a concentração plasmática (Cp) do TPM verificando a influência da dose prescrita (mg/Kg/dia), sexo, idade e o uso de outras DAE sobre a mesma, correlacionando-a com a frequência de crises epilépticas, reações adversas, qualidade de vida e adesão a farmacoterapia. Este estudo observacional transversal foi realizado com 37 pacientes com epilepsia refratária em uso de TPM atendidos no Ambulatório de Epilepsia de Difícil Controle do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo. As variáveis de interesse foram qualidade de vida (Quality of Life in Epilepsy - QOLIE-31), reações adversas ao medicamento (RAM) (Liverpool Adverse Event Profile - LAEP), adesão a farmacoterapia (Modified Morisky Scale - MMS), tipo de crise epiléptica, tipo de epilepsia, frequência das crises, características farmacoterapêuticas e sociodemográficas, obtidas por meio de instrumentos na entrevista com o paciente ou em prontuário. Além disso, amostras de sangue de todos os participantes foram coletadas para dosagem da Cp de TPM, lamotrigina e DAEs de primeira geração em uso. O trabalho foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Faculdade de Ciências Farmacêuticas de Ribeirão Preto-USP (nº 030/2014). A idade média dos pacientes foi 40 anos (DP 10,7) e apresentavam prevalentemente epilepsia focal sintomática (73,0%) e crises parciais complexas (67,6%). Em relação ao perfil farmacoterapêutico, 97,3% dos pacientes estavam em politerapia, sendo o esquema farmacoterapêutico mais prevalente a associação entre TPM, carbamazepina e clobazam (29,8%). A Cp de 83,8% dos pacientes em uso de TPM encontraram-se abaixo do intervalo de referência recomendado (5,0 -20,0 mg/L), sendo a Cp média de 3,21 mg/L (DP 2,76). A dose prescrita (mg/Kg/dia) e o uso concomitante de indutores do metabolismo do TPM explicaram 69,0% da variabilidade da Cp do TPM: estimou-se que o aumento na dose de 1,0 mg/Kg/dia tenha promovido o aumento de 0,68 mg/L na Cp do TPM, enquanto o uso de indutores esteve relacionado a uma redução de 2,97 mg/L (p?0,001). Os pacientes com Cp < 5,0 mg/L apresentaram o número médio de crises epilépticas maior do que aqueles com Cp no intervalo de referência (p<0,001). A pontuação média do LAEP foi de 40,5 (DP 10,1) e a sonolência, problemas de memória e o nervosismo e/ou agressividade foram as reações adversas mais prevalentes. Com relação à qualidade de vida o escore médio obtido no QOLIE-31 foi de 47,7 (DP 15,2), sendo que a preocupação com as crises e a função social foram os domínios que apresentaram maior comprometimento na qualidade de vida dos pacientes. Ademais, foram encontradas evidências de uma relação inversa entre RAM e a qualidade de vida, sendo que o aumento de um ponto no escore do LAEP reduz o escore do QOLIE-31 em 0,91 pontos. Finalmente, segundo resultados do MMS, 62,2% dos pacientes eram aderentes ao tratamento medicamentoso. Em conclusão a dose prescrita e o uso de DAE indutoras do metabolismo do TPM influenciaram a Cp deste fármaco, a qual afetou o controle das crises epilépticas. Diante disto sugere-se a monitorização terapêutica como uma ferramenta para a otimização da farmacoterapia e da resposta clínica.
  • DOI: 10.11606/D.60.2015.tde-01072015-094425
  • Editor: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP; Universidade de São Paulo; Faculdade de Ciências Farmacêuticas de Ribeirão Preto
  • Data de criação/publicação: 2015-04-06
  • Formato: Adobe PDF
  • Idioma: Português

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