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Estéticas e políticas da memória: arquivo e testemunho na obra de Christian Boltanski e Doris Salcedo

Fernandes, Rafaela Alves

Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP; Universidade de São Paulo; Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas 2022-09-16

Acesso online. A biblioteca também possui exemplares impressos.

  • Título:
    Estéticas e políticas da memória: arquivo e testemunho na obra de Christian Boltanski e Doris Salcedo
  • Autor: Fernandes, Rafaela Alves
  • Orientador: Fabbrini, Ricardo Nascimento
  • Assuntos: Doris Salcedo; Arquivo; Testemunho; Christian Boltanski; Estéticas E Políticas Da Memória; Memory Aesthetics And Policies; Archive; Doris Salcedo; Testimony
  • Notas: Dissertação (Mestrado)
  • Descrição: Nas últimas décadas, a memória tem sido uma das preocupações culturais e políticas centrais do Ocidente. Essa afirmação, encontrada em diversos autores, deriva de uma série de aparições do passado em modas e utensílios retrôs, filmes nostálgicos, monumentos, assim como em investidas museais que reencenam a barbárie a fim de comercializar o trauma. No entanto, simultaneamente, diversos artistas têm empreendido um trabalho de perlaboração do passado, na chave da consciência histórica, contrapondo-se à espetacularização e simulação da memória. Essa memória crítica é indiciada na prática de diversos artistas que, desde a década de 1970, tematizam a crise da memória ao relerem a história a contrapelo. Como o historiador que se debruça sobre arquivos e testemunhos para, então, selecionar, organizar e montar o saber sobre o passado, tais artistas se utilizam de procedimentos análogos sempre movidos pela busca de reconstrução das condições de visibilidade e de legibilidade da história. A questão fundamental que se coloca é, portanto, qual o estatuto que a memória, o arquivo e o testemunho adquirem nessa nova arte da memória. Para tanto, esta dissertação propõe-se a analisar uma seleção de obras de Christian Boltanski e Doris Salcedo com vistas a aventar algumas hipóteses. A principal é a de que após séculos de colonialismo, etnicídios, genocídios, ditaduras sangrentas, campos de extermínio e violências políticas sem fim, Boltanski e Salcedo voltam-se para o passado como um arquivo que não cessa de se acumular, mas que carece ser montado e remontado, reescrito e reconfigurado. Ao contrário do que se possa pensar, não cedem espaço a verdades redentoras, mas tornam visível aquilo que permaneceu ocultado ou até mesmo desapareceu, pois tratar de um regime estético da memória implica admitir que o passado nem sempre se apresenta na forma de presenças ou vestígios acessíveis.
  • DOI: 10.11606/D.8.2022.tde-13022023-134946
  • Editor: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP; Universidade de São Paulo; Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas
  • Data de criação/publicação: 2022-09-16
  • Formato: Adobe PDF
  • Idioma: Português

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