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A casa do homem de bem: masculinidade, civilização e domesticidade no Brasil (1870-1920)

Ferreira, Pedro Beresin Schleder

Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP; Universidade de São Paulo; Faculdade de Arquitetura e Urbanismo 2023-12-08

Acesso online. A biblioteca também possui exemplares impressos.

  • Título:
    A casa do homem de bem: masculinidade, civilização e domesticidade no Brasil (1870-1920)
  • Autor: Ferreira, Pedro Beresin Schleder
  • Orientador: Lanna, Ana Lucia Duarte
  • Assuntos: Branquitude; Domesticidade; Gênero; Masculinidade; Domesticity; Gender; Masculinity; Whiteness
  • Notas: Tese (Doutorado)
  • Descrição: Este trabalho tem como objetivo investigar como, entre a segunda metade do século XIX e começo do século XX, a difusão de novos padrões de masculinidade e de domesticidade no Brasil esteve articulada com um projeto das elites nacionais para civilizar a nação brasileira. Ambicionando transformar a ex-colônia recém-independente, que ainda em muito se assemelhava ao seu passado colonial, em uma nação civilizada, branca, urbana e industrializada, à imagem das nações europeias que tomavam como modelo, as elites intelectuais e políticas problematizavam a população brasileira e traçavam projetos para reformá-la. Nesse contexto, o homem de bem ideal de homem branco, viril, moralizado, disciplinado e civilizado despontava na imaginação dessas elites como o grande protagonista desse processo civilizatório, que seria responsável por instituir a ordem e promover o progresso da sociedade. Cientes de que os homens não nasciam prontos, para formar homens de bem, os educadores da nação intelectuais, médicos, políticos, moralistas, escritores, editores formularam um projeto de educação moral masculina, que deveria ser realizado a partir de uma estreita articulação entre as esferas públicas e privadas. Para promover a associação entre a casa e a escola, entre a família e o Estado, entre o indivíduo e a sociedade, os educadores da nação escreveram, traduziram, editaram e divulgaram textos e livros de prescrição masculina, através dos quais procuraram difundir novos padrões de virilidade, hombridade, racialidade, produtividade, disciplina e moralidade. Dentre as temáticas abordadas nos livros, a vida familiar e a domesticidade burguesa eram assuntos centrais, sendo analisadas, problematizadas, prescrutadas e normatizadas a fim de serem mobilizadas para controlar, disciplinar e regrar os prazeres, os afetos, a imaginação, os anseios, as aspirações, a produtividade e os desejos dos homens. Através da análise desses livros e textos, investigamos como os educadores da nação procuraram instituir um modelo masculino e difundir a domesticidade burguesa para poderem guiar e ordenar as energias dos indivíduos em prol de seu projeto civilizatório. Analisando seus mecanismos de ação e persuasão; de instauração de verdades; de produção de subjetividades e identidades e de orientação dos desejos, procuramos fazer uma espécie de história pública da vida privada, investigando como através das normativas foram construídas articulações e entrelaçamentos entre as aspirações civilizatórias das elites, os interesses das famílias e os anseios dos indivíduos.
  • DOI: 10.11606/T.16.2023.tde-16042024-154741
  • Editor: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP; Universidade de São Paulo; Faculdade de Arquitetura e Urbanismo
  • Data de criação/publicação: 2023-12-08
  • Formato: Adobe PDF
  • Idioma: Português

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