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Assistência ao parto e presença do acompanhante: um estudo sobre as jovens do Inquérito Nacional sobre Parto e Nascimento - \"Nascer no Brasil

Siqueira, Raquel De Jesus

Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP; Universidade de São Paulo; Faculdade de Saúde Pública 2017-02-16

Acesso online

  • Título:
    Assistência ao parto e presença do acompanhante: um estudo sobre as jovens do Inquérito Nacional sobre Parto e Nascimento - \"Nascer no Brasil
  • Autor: Siqueira, Raquel De Jesus
  • Orientador: Cabral, Cristiane da Silva
  • Assuntos: Acompanhantes De Pacientes; Trabalho De Parto; Saúde Pública; Saúde Da Mulher; Parto; Jovem; Estudos Transversais; Labour; Medical Chaperones; Public Health; Delivery; Cross-Sectional Studies; Women'S Health; Young Woman
  • Descrição: Introdução: Estudos sobre a assistência ao parto de mulheres jovens são escassos no país, sobretudo considerando a perspectiva e especificidade das questões envolvidas sobre a reprodução na juventude e das práticas utilizadas com os preceitos da humanização do nascimento na assistência obstétricas voltada para as jovens. Sabe-se que adoção de práticas obstétricas úteis e a presença do acompanhante (suporte contínuo) durante o processo do nascimento traz benefícios aos desfechos maternos e perinatais. Estas práticas são consideradas como bons indicadores para avaliar a qualidade da assistência obstétrica prestada às mulheres. Objetivos: analisar a assistência obstétrica e a presença do acompanhante durante o trabalho de parto e parto das jovens de risco obstétrico habitual entrevistadas no Inquérito Nacional sobre Parto e Nascimento Nascer no Brasil, Região Sudeste; analisar a qualidade da assistência ao parto oferecida às jovens, a partir do exame dos dados sobre as práticas obstétricas; caracterizar a assistência ao parto e descrever a presença do acompanhante, segundo os dois grupos etários de jovens. Métodos: Estudo transversal, a partir dos dados do Inquérito Nacional sobre Parto e Nascimento Nascer no Brasil (NNB), com coleta de dados realizada entre os anos de 2011 e 2012. No presente estudo, a amostra foi composta por 1.212 mulheres jovens entrevistadas pelo inquérito NNB, pertencentes aos hospitais da região Sudeste. Os critérios de inclusão neste estudo foram: mulheres de risco obstétrico habitual com até 24 anos de idade. A análise e a comparação dos dados foram realizadas a partir de dois grupos de mulheres: mulheres entre 13 a 18 anos (adolescentes) e as mulheres entre 19 a 24 anos. A associação entre os grupos de jovens e as variáveis estudadas foi realizada pela análise descritiva bivariada. Foi verificada a associação entre os grupos por meio do teste de associação qui-quadrado de Pearson (x2), com nível de significância de 5 por cento (p < 0,05). Resultados: Foram encontradas altas prevalências de práticas prejudiciais para a condução do trabalho de parto e nascimento das jovens mulheres, como a posição de litotomia (93,6 por cento ), o uso do cateter venoso periférico (70,9 por cento ), restrição de dieta e líquidos (68 por cento ), amniotomia (57,1 por cento ), ocitocina (53,6 por cento ), episiotomia (49,9 por cento ) e a manobra de Kristeller (40,9 por cento ) e houve baixa utilização das práticas consideradas úteis e adequadas para a atenção ao parto, tais como: medidas não farmacológicas de alívio para dor (39,9 por cento ), contato pele-a-pele logo após o nascimento (35,5 por cento ), amamentação na sala de parto (21,3 por cento ) e posição não-supina (5,7 por cento ). Os índices foram capazes de caracterizar a assistência ao parto, demonstrando uma qualidade aquém da desejável. Apenas 25 por cento das jovens tiveram a presença do acompanhante conforme a lei 11.108/05. As jovens de 13 a 18 anos apresentaram prevalência maior de intervenções durante a assistência ao nascimento, apesar de terem sido mais acompanhadas em todos os momentos da internação, em relação as jovens de 19 a 24 anos. Conclusões: Constatou-se que o modelo de assistência oferecido às jovens foi marcado pela presença de intervenções desnecessárias e o baixo uso das boas práticas. A presença do acompanhante não esteve associada a uma menor magnitude de práticas prejudiciais ocorridas no trabalho de parto e parto das jovens
  • DOI: 10.11606/D.6.2017.tde-17042017-093732
  • Editor: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP; Universidade de São Paulo; Faculdade de Saúde Pública
  • Data de criação/publicação: 2017-02-16
  • Formato: Adobe PDF
  • Idioma: Português

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