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Análise multi-espectral dos eventos cíclicos de n Carinae
Mairan Macedo Teodoro Augusto Damineli Neto
2009
Localização:
IAG - Inst. Ast. Geo. Ciên. Atmosféricas
(CD-ROM 694 )
(Acessar)
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Título:
Análise multi-espectral dos eventos cíclicos de n Carinae
Autor:
Mairan Macedo Teodoro
Augusto Damineli Neto
Assuntos:
ESPECTROSCOPIA (ANÁLISE)
;
ESTRELAS
;
ASTROFÍSICA ESTELAR
Notas:
Tese (Doutorado)
Descrição:
Nesta tese foi feito um estudo dos eventos cíclicos em 'ETA' Carinae em diversas faixas espectrais. A presença de um buraco na região polar do Homúnculo foi confirmada pelos mapas de velocidade da linha do [Fe II] 'LÂMBDA'12567. A componente em emissão da linha do He I 'LÂMBDA'10830, detectada na linha de visada do lóbulo NW e que apresenta velocidades negativas, foi mapeada e está contida no plano equatorial. Foi observado que durante um período de 206 dias, centrado na fase zero, a linha do He I 'LÂMBDA'10830 apresenta um aumento na velocidade máxima da componente em obsorção, atingindo - 1800 km s'POT.-1'. Tal comportamento favorece orientações orbitais onde a passagem pelo periastro ocorre próximo à oposição. O Pequeno Homúnculo apresenta a mesma distribuição espacial da emissão em rádio e, considerando que esta seja proveniente principalmente da secundária, o fluxo de fótons no contínuo de Lyman é compatível com uma estrela de tipo espectral O5.5-O7. A variabilidade das componentes largas e estreitas das linhas em diversas faixas espectrais apresenta um período bem definido (2022.1'OU 0.6 dias') e extremamente estável ao longo dos últimos 60 anos, sendo que as variações observadas no período são devido aos erros nas medidas. Utilizando a componente estreita da linha do He I 'LÂMBDA'6678 foi possível determinar a fase zero do ciclo #11 ('T IND.o'=2452819.8). Os eventos espectroscópicos são compostos de dois regimes: um de variações lentas e outro de colapso. A
primeira é revelada por variações lentas no nível de ionização do meio circunstelar ao longo de todo o ciclo e está associada a variações graduais no cone de choque dos ventos (abertura angular e conteúdo). O regime do colapso é observado ao9 redor do mínimo e é causado por um colapso temporário do cone de choque. Os fenômenos de alta energia são sensíveis somente ao regime de colapso, enquanto os de baixa energia, ) ao de variação lenta. Os fenômenos que envolvem energias intermediárias, respondem aos dois regimes. Foi observado uma anti-correlação entre a linha do Fe II 'LÂMBDA'6455 e a do He I 'LÂMBDA'7065, indicando que a primeira é formada nas regiões mais externas do vento da primária e a segunda, na secundária ou no cone de choque dos ventos. A curva de luz do He II 'LÂMBDA'4686 apresenta dois picos antes da fase zero e outro logo após. Os dois picos antes do mínimo apresentam uma correlação com os picos na faixa dos raios-X, porém estes ocorrem 16.5 dias antes daqueles. O mecanismo mais provável para explicar a luminosidade observada do He II 'LÂMBDA'4686 é a produção de fótons com 'LÂMBDA'~1215 A através do fluxo de fótons na faixa do ultra-violeta extremo/raios-X moles produzidos na região próxima ao ápex do cone de colisão dos ventos. Como este mecanismo é extremamente sensível à densidade do meio, a região mais favorável para produzir a luminosidade observada do He II 'LÂMBDA'4686 é a região do cone de choque voltada para a primária.
Data de criação/publicação:
2009
Formato:
146 p.
Idioma:
Português
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