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Doença de chagas no Vale do Guaporé, Rondônia, Amazônia ocidental

Luís Marcelo Aranha Camargo Daniele Iop de Oliveira; Stefany Figueiredo de Lima Cruz; Luana Janaína Souza Vera; Juliana Souza Almeida Aranha Camargo; Lilian Motta Cantanhêde; Andonai Krauze França; Almeida Kasseb; Vera Gama Engracia de Oliveira; Ricardo de Godoi Mattos Ferreira; Congresso Brasileiro de Medicina Tropical - MEDTROP (47. 2011 Rio Grande do Norte)

Natal - Rio Grande do Norte 2011

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  • Título:
    Doença de chagas no Vale do Guaporé, Rondônia, Amazônia ocidental
  • Autor: Luís Marcelo Aranha Camargo
  • Daniele Iop de Oliveira; Stefany Figueiredo de Lima Cruz; Luana Janaína Souza Vera; Juliana Souza Almeida Aranha Camargo; Lilian Motta Cantanhêde; Andonai Krauze França; Almeida Kasseb; Vera Gama Engracia de Oliveira; Ricardo de Godoi Mattos Ferreira; Congresso Brasileiro de Medicina Tropical - MEDTROP (47. 2011 Rio Grande do Norte)
  • Assuntos: PARASITOLOGIA
  • Descrição: Embora a transmissão vetorial da doença de Chagas não seja muito importante na Amazônia, a região sofre a pressão do desmatamento, com destruição dos habitats naturais destes vetores, podendo forçar os triatomíneos mudar seu comportamento e aproximá-los do domicílio humano em busca de alimento, facilitando a transmissão Materiais e métodos: de 26 a 27 de julho de 2010 foi realizado um estudo de prevalência na Vila de Santo Antônio do Guaporé - Rondônia, baixo vale do Guaporé, distante 1.000 km a sudoeste de Porto Velho, onde residem aproximadamente 40 habitantes remanescentes quilombolas. Dezoito dos 40 habitantes foram submetidos à avaliação clínica, eletrocardiográfica e investigação de hábitos que possam ser fator de risco para contágio da doença. Houve coleta de sangue para exame de hemaglutinação para doença de Chagas e captura de 30 triatomíneos em palmeiras ouricuris (Syagrus coronata) no peridomicílio. Os reduvídeos foram submetidos à identificação molecular (PCR) para verificar a presença de T.cruzi em seu trato digestivo. Resultados: Não foram encontradas evidências clínicas da doença na avaliação semiológica e eletrocardiográfica, nem hábitos que contribuam para transmissão oral. Na hemaglutinação, 2 pacientes com mais de 30 anos (2/18), sem história de deslocamento para área endêmica para Chagas ,apresentaram resultado reagente, sendo a prevalência de 11,1%. No inquérito, 55% dos indivíduos entrevistados relataram presença de triatomíneos esporadicamente em suas residências, algumas vezes ingurgitados. As habitações são em sua maioria casebres com paredes e cobertura com palha de ouricuris.
    Os triatomíneos foram identificados como Rhodnius robustus e não houve identificação de T.cruzi no trato digestivo. Discussão: Na região amazônica a doença geralmente ocorre por transmissão oral não sendo habitual a transmissão vetorial. Não há qualquer estudo publicado sobre doença de Chagas no Vale do Guaporé. A ocorrência de sorologia positiva para doença na área pesquisada está acima da média amazônica, em que pese a pequena amostra. Porém, o fato dos indivíduos relatarem presença de triatomíneos em suas residências pode ser considerado um fator de risco para transmissão vetorial, apesar dos vetores examinados não estarem infectados. Os domicílios locais configuram habitat propício para domiciliação e colonização por triatomíneos. Conclusão O fato dos pacientes terem mais de 30 anos e não terem história de deslocamento indica transmissão local. E o fato de não serem encontradas crianças soropositivas pode indicar que não há transmissão ativa. Chama atenção a grande frequência de relatos de triatomíneos encontrados nos domicílios. Este fato pode refletir uma tendência no padrão de transmissão da doença (oral para vetorial), demonstrando necessidade de constante vigilância epidemiológica e de ampliar os estudos na região.
  • Editor: Natal - Rio Grande do Norte
  • Data de criação/publicação: 2011
  • Formato: on-line.
  • Idioma: Português

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