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O negro no mercado de trabalho em São Paulo pós-abolição - 1912/1920

Jacino, Ramatis

Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP; Universidade de São Paulo; Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas 2013-02-20

Acesso online. A biblioteca também possui exemplares impressos.

  • Título:
    O negro no mercado de trabalho em São Paulo pós-abolição - 1912/1920
  • Autor: Jacino, Ramatis
  • Orientador: Ferlini, Vera Lucia Amaral
  • Assuntos: Negros - Brasil; Discriminação Social; Marginalidade Social; Mercado De Trabalho; Racismo; Social Discrimination; Racism; Black People - Brazil; Labor Market; Social Marginality
  • Notas: Tese (Doutorado)
  • Notas Locais: Versão corrigida
  • Descrição: Pesquisando boletins de ocorrências lavrados entre os anos de 1912 e 1920 que ao contrário da maioria dos documentos oficiais do período, informam a cor e a ocupação - e comparando-os com o Recenseamento Geral do Brasil de 1872, constatou-se que diversos trabalhos exercidos por escravos não se mantiveram como ocupação de ex-escravos ou seus descendentes na segunda década do século XX. Analisando as formulações acadêmicas produzidas a partir da segunda metade do século XIX, que abordavam as relações raciais no Brasil e orientaram a transição do trabalho escravo para o trabalho livre; estudando a legislação do período, as ações governamentais e de grandes empresários para favorecer a imigração e as preferências étnicas dos empregadores, podemos perceber que a substancial diminuição de negros no mercado de trabalho foi conseqüência daquele conjunto de elaborações e ações. A exclusão do trabalho, da terra e a dificuldade no acesso a educação levou os negros à marginalização social e política, imprimindo a Republica e ao capitalismo brasileiro, que se afirmaram ao longo do século XX, a marca da discriminação racial e da construção de uma ideologia que a justificava: o racismo. Assim, impedidos pelos mecanismos de discriminação racial, foram infrutíferas as tentativas de inclusão e ascensão social dos descendentes de escravos. Além disso, a condição marginal a que foram relegados imprimia legitimidade a argumentação ideológica que creditava a eles a responsabilidade por sua exclusão e, por conseguinte, reforçava a marginalização a que foram submetidos.
  • DOI: 10.11606/T.8.2013.tde-11042013-093449
  • Editor: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP; Universidade de São Paulo; Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas
  • Data de criação/publicação: 2013-02-20
  • Formato: Adobe PDF
  • Idioma: Português

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