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Formas de produção do real na imprensa brasileira greve dos petroleiros e gêneros do discurso no jornais Folha de S. Paulo e o Estado de S. Paulo

Sheila Vieira de Camargo Grillo Beth Brait

2001

Localização: FFLCH - Fac. Fil. Let. e Ciências Humanas    (T GRILLO, S.V.C. 2001 )(Acessar)

  • Título:
    Formas de produção do real na imprensa brasileira greve dos petroleiros e gêneros do discurso no jornais Folha de S. Paulo e o Estado de S. Paulo
  • Autor: Sheila Vieira de Camargo Grillo
  • Beth Brait
  • Assuntos: JORNALISMO -- BRASIL; ANÁLISE DO DISCURSO; PETROLEIROS
  • Notas: Tese (Doutorado)
  • Descrição: A chamada imprensa de referência funda-se sobre a noção de representação do real e mobiliza formas capazes de persuadir seus leitores da transparência de seu texto em relação ao referente. Essa função informativa se materializa privilegiadamente em alguns de seus gêneros, em particular na notícia e na reportagem. Partindo desses pressupostos, este trabalho procura responder às seguintes perguntas de pesquisa: Quais são as formas responsáveis pelo caráter informativo dos gêneros notícia e reportagem políticos? Qual é o modo de funcionamento dessas formas? Como essas formas representaram a greve dos petroleiros de 1995 nos jornais Folha de S. Paulo e O Estado de S. Paulo? A construção do corpus de análise se dá em diversos níveis: em primeiro lugar, constitui-se um arquivo de textos dos jornais Folha de S. Paulo e O Estado de S. Paulo sobre a greve dos petroleiros de 1995; em seguida, são selecionadas as notícias de primeira página e seu aprofundamento nas reportagens do interior dos jornais; por fim, privilegiam-se os títulos e o discurso citado como formas importantes para explicar o modo de funcionamento da imprensa e dos gêneros notícia e reportagem políticos. Apoiando-se na teoria dos gêneros do discurso de Bakhtin, na abordagem pragmático-discursiva da linguagem e nos desdobramentos dessas duas nas teorias do discurso francesas, caracterizam-se, primeiramente, a conjuntura da greve dos petroleiros e, a seguir, a situação de comunicação da imprensa brasileira de
    referência a partir dos seguintes aspectos: identidade do interlocutor feita pelo locutor, relação com o referente, finalidade, plano de expressão, natureza do interdiscurso, função dos gêneros. Em seguida, observam-se as normas instituídas pelos jornais em seus manuais de redação, verificando-se que a distinção fato/valor organiza a distribuição dos gêneros na imprensa brasileira de referência e que a notícia e a reportagem constituem-se em ) gêneros fatuais ou informativos. A análise dos títulos e discurso citado nos gêneros informativos revela obediência às normas instituídas nos manuais, mas também rupturas que marcaram a presença da instância de produção e a opinião do jornal sobre a greve dos petroleiros. A leitura dos fatos pelos jornais assenta-se sobre certos juízos de valor do público leitor que condena greves que não sejam motivadas por reivindicações salariais e trabalhistas. Títulos e discurso citado conectam o jornal com a exterioridade, revelando seu modo de funcionamento, a saber: o apagamento da instância de produção jornalística em benefício de um efeito de transparência em relação ao referente e ainda de captação do leitor, como se o colocasse em contato direto com os fatos. Por fim, discutem-se as mudanças recentes das normas nos manuais de redação que flexibilizam a divisão fato/opinião nos gêneros da imprensa, devido à necessidade de se adaptar à entrada do jornalismo on-line, bem como as alterações no posicionamento dos jornais em relação
    ao projeto econômico-político do governo federal, em função das mudanças recentes na conjuntura política brasileira, ocasionadas, entre outros, pela crise energética
  • Data de criação/publicação: 2001
  • Formato: 216 p anexos.
  • Idioma: Português

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