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Transformações urbanas no Largo da Batata: os novos conteúdos da centralidade

Meireles, Renan Coradine

Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP; Universidade de São Paulo; Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas 2019-03-12

Acesso online. A biblioteca também possui exemplares impressos.

  • Título:
    Transformações urbanas no Largo da Batata: os novos conteúdos da centralidade
  • Autor: Meireles, Renan Coradine
  • Orientador: Carlos, Ana Fani Alessandri
  • Assuntos: Centralidade; Reconversão Urbana; Largo Da Batata; Manifestações; Produção Do Espaço; Space Production; Manifestations; Centrality; Urban Reconversion
  • Notas: Dissertação (Mestrado)
  • Descrição: Esta dissertação tem como objetivo central a análise das transformações do espaço urbana metropolitano a partir do estudo de um fragmento de São Paulo, o Largo da Batata, no bairro de Pinheiros. Entende-se que, por ter passado por intensas transformações socioespaciais, encaminhadas na relação entre o Estado e o Setor Privado, o lugar possa apontar para as transformações mais amplas do capitalismo, principalmente no período atual, em que a reprodução do capital passa, inequivocamente, pela reprodução do espaço. Este fragmento, constituído como centralidade comercial, na mobilidade e na vida cotidiana ao longo do século XX, foi inserido na Operação Urbana Faria Lima, a partir da reconversão urbana do Largo da Batata. Desde 2001, quando foi lançado o edital para o Projeto, até 2013, quando as principais obras foram finalizadas o Largo foi transformado em um imenso canteiro de obras: desapropriações, mudanças viárias, construção das estações do metrô e a metamorfose do próprio espaço do Largo da Batata, tornado uma explanada. Estas transformações, encaminhadas pelo Estado interferiram profundamente na dinâmica de todo o entorno, com destaque para o aumento significativo da verticalização trazida pela expansão imobiliário-financeira, o que gerou uma valorização que, em menos de uma década, mudou o padrão do comércio e o perfil dos moradores do lugar. O comércio popular, característico das últimas décadas do século XX, foi trocado por atividades do setor terciário superior, apesar de algumas permanências. O uso residencial, transformado por edifícios de alto padrão, trouxe para o entorno uma população de maior renda. Com isso, houve um aumento significativo de restaurantes, comércios em geral e serviços voltados a esta população. Observa-se um processo de homogeneização e fragmentação deste espaço que, com sua centralidade voltada aos setores mais modernos da economia, alcança outro patamar na hierarquia dos lugares na metrópole. Desde que as obras iniciaram, coletivos e movimentos questionam as imposições da Prefeitura e o avanço do mercado imobiliário. Estes coletivos, em geral, são responsáveis por atuar no Largo como incentivadores e viabilizadores de uma série de atividades políticas, culturais, artísticas e esportivas que visam o uso e a apropriação do espaço público. Nesse sentido, o Largo torna-se também, sobretudo a partir de 2013, um lugar privilegiado nas manifestações políticas na metrópole de São Paulo, indicando que de fato o lugar ganhou centralidade na escala metropolitana e, mesmo com ação direta das forças homogeneizantes, o espaço é usado e apropriado de forma a apontar seu caráter público.
  • DOI: 10.11606/D.8.2019.tde-17092019-155052
  • Editor: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP; Universidade de São Paulo; Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas
  • Data de criação/publicação: 2019-03-12
  • Formato: Adobe PDF
  • Idioma: Português

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