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Modelos de negócio adotados por empresas de compartilhamento de carros no contexto da mobilidade inteligente: estudos de caso múltiplos em empresas que atuam no Brasil

Silva, André Koide Da

Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP; Universidade de São Paulo; Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade 2019-04-05

Acesso online. A biblioteca também possui exemplares impressos.

  • Título:
    Modelos de negócio adotados por empresas de compartilhamento de carros no contexto da mobilidade inteligente: estudos de caso múltiplos em empresas que atuam no Brasil
  • Autor: Silva, André Koide Da
  • Orientador: Souza, Cesar Alexandre de
  • Assuntos: Análise Qualitativa Comparativa; Plataformas Multilaterais; Modelos De Negócio; Mobilidade Inteligente; Consumo Colaborativo; Compartilhamento De Carros; Collaborative Consumption; Car Sharing; Multisided Platforms; Business Models; Qualitative Comparative Analysis; Smart Mobility
  • Notas: Tese (Doutorado)
  • Descrição: As cidades inteligentes emergiram como uma alternativa no trato das dificuldades oriundas do crescimento populacional observado nas áreas urbanizadas. Entre as iniciativas propostas por essa nova abordagem nos espaços urbanos, destaca-se a mobilidade inteligente. Ela propõe o uso dos recursos tecnológicos a fim de aprimorar a experiência de deslocamento de pessoas e de cargas, objetivando melhorar a qualidade de vida dos cidadãos. Nesse contexto, ressalta-se a importância do compartilhamento de carros como uma das alternativas para reduzir os índices de congestionamento, a emissão de poluentes e a demanda por áreas de estacionamento; além disso, esse serviço promove a interação com outros modais de transporte e os hábitos mais saudáveis entre os indivíduos que os utilizam. Ao analisar os modelos de negócio das empresas que operam nesse mercado, notam-se diferentes modalidades: compartilhamento de carros (ida e volta), compartilhamento de carros (trecho único), compartilhamento de carros (P2P), compartilhamento de corridas e caronas, empresas de redes de transporte e serviços de táxi. Também é possível identificar estreita relação com o consumo colaborativo (também denominado economia compartilhada), fenômeno amplamente explorado a partir da década de 2000, que fomenta o uso ou acesso aos bens em detrimento da propriedade. Assim, os usuários de carros compartilhados podem utilizá-los sem a incidência das obrigações e dos custos fixos associados à posse desses bens. Ambos os paradigmas utilizam a Internet, as redes sociais, os sistemas de informação e os recursos tecnológicos para prover seus serviços e conectar os usuários, criando as chamadas plataformas multilaterais. Estas suportam a criação e a operação em espaços físicos ou virtuais, conectando diferentes grupos de usuários; assim, ao reduzir os custos e as dificuldades desses encontros, disponibiliza-se um ambiente favorável à realização das transações, ou seja, ao compartilhamento dos carros. Esta tese de doutorado aplicou a análise qualitativa comparativa (QCA), a técnica MSDO, a análise de conteúdo e a análise cruzada de casos aos modelos de negócio de 14 organizações que atuam no segmento de carros compartilhados com a finalidade de identificar e descrever como os componentes da mobilidade inteligente, do consumo colaborativo e das plataformas multilaterais foram incorporados nas operações dessas companhias por meio de estudos de caso múltiplos. Os resultados alcançados indicaram alguns fatores críticos do sucesso empresarial desses modelos de negócio, entre eles: a análise de dados massivos por intermédio de ferramentas de big data, a disponibilização de aplicativos para dispositivos móveis, a implementação dos recursos de segurança física e lógica para os usuários dos serviços de carros compartilhados, o estímulo à colaboração on-line e ao uso de redes sociais e a operação em um mercado regulamentado. Devido à causalidade assimétrica, também emergiram componentes associados ao insucesso, entre eles: a ausência do uso de ferramentas de big data para análise dos dados massivos dos usuários; a indisponibilidade de aplicativos para dispositivos móveis; os recursos ineficazes de segurança física e lógica; a adoção de estratégias inócuas ou ausentes para a resolução do problema de massa crítica nas plataformas multilaterais; a dificuldade na obtenção de recursos financeiros para realizar investimentos nos diferentes grupos de usuários e a operação em um mercado sem regulamentação.
  • DOI: 10.11606/T.12.2019.tde-31052019-154904
  • Editor: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP; Universidade de São Paulo; Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade
  • Data de criação/publicação: 2019-04-05
  • Formato: Adobe PDF
  • Idioma: Português

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