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Caracterização molecular da Síndrome Hereditária do Câncer de Mama e/ou Ovário

Carvalho, Simone Da Costa E Silva

Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP; Universidade de São Paulo; Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto 2019-08-16

Acesso online. A biblioteca também possui exemplares impressos.

  • Título:
    Caracterização molecular da Síndrome Hereditária do Câncer de Mama e/ou Ovário
  • Autor: Carvalho, Simone Da Costa E Silva
  • Orientador: Silva Junior, Wilson Araújo da
  • Assuntos: Reparo De Dna; Brca1; Brca2; Diagnóstico Molecular; Hboc; Molecular Diagnosis; Dna Repair
  • Notas: Tese (Doutorado)
  • Descrição: A Síndrome Hereditária do Câncer de Mama e/ou Ovário (HBOC) é caracterizada por famílias com história de câncer de mama e/ou ovário e associada a um padrão de herança autossômica dominante. Esta síndrome abrange cerca de 10% e 15% de todos os casos de câncer de mama e de ovário, respectivamente. Os genes BRCA1 e BRCA2 são genes de alta penetrância associados ao aumento de até 20x no risco para o desenvolvimento do câncer de mama e/ou ovário. Entretanto, apenas 20-30% dos casos de HBOC apresentam variantes patogênicas nestes genes e estudos têm evidenciado a contribuição de outros genes ligados às vias de reparo do DNA para o aumento de risco para HBOC. Na população brasileira, variantes em genes como ATM, ATR, CHEK2, MLH1, MSH2, MSH6, POLQ, PTEN e TP53, têm sido relatadas em até 7,35% dos casos estudados. Assim, o objetivo destes estudo foi realizar a pesquisa e caracterização de variantes em 21 genes relacionados à HBOC (ATM, ATR, BARD1, BRCA1, BRCA2, BRIP1, CDH1, CHEK2, FAM175A, MLH1, MRE11A, MSH2, MSH6, NBN, PALB2, PMS2, PTEN, RAD50, RAD51, TP53 e UIMC1) em 95 indivíduos diagnosticados com suspeita clínica de HBOC no Sudeste brasileiro. Foram identificadas 78 variantes patogênicas ou de significado incerto com conflito de informações sobre patogenicidade na literatura, em 19 dos 21 genes analisados. Cerca de 23,4% dos pacientes apresentaram variantes patogênicas nos genes BRCA1, BRCA2 e TP53, frequência maior que a identificada por outros estudos na população brasileira. No entanto, 83,3% das variantes identificadas são de significado incerto. A análise de associação identificou 13 destas VUS, em 8 genes, como significativamente associadas ao risco para HBOC. Os pacientes portadores destas variantes não apresentaram alterações no número de cópias para os genes BRCA1/BRCA2. Cinco variantes no BRCA1 foram identificadas como sendo segregadas em haplótipo, mas este não foi associado ao risco para HBOC. Duas variantes nos genes FAM175A e UIMC1 apresentaram alta frequência nos casos estudados e pacientes duplo heterozigotos apresentaram deficiência no reparo de danos causado após irradiação. Duas variantes no gene PALB2 associadas ao risco não afetaram a interação com BRCA1 e apresentaram atividade de reparo similar à proteína selvagem. No entanto, uma variante no CHEK2 levou à instabilidade da proteína e diminuição nos níveis de ativação de CHK2. Embora não associadas ao risco, duas variantes identificadas nos genes PMS2 e BRIP1 foram classificadas como possivelmente patogênicas. Esta variante no gene BRIP1 apresentou sensibilidade ao tratamento à mitomicina C, evidenciando uma deficiência na função desta proteína. Estudos como este evidenciam como outros genes envolvidos em vias de reparo do DNA podem estar contribuindo para a patogênese do HBOC. A caracterização destas variantes é imprescindível para estimar os riscos associados e assim possibilitar o acompanhamento clínico e aconselhamento genético adequados para pacientes diagnosticados clinicamente com HBOC, que, em sua maioria, permanecem sem um diagnóstico molecular elucidado.
  • DOI: 10.11606/T.17.2020.tde-11022020-144232
  • Editor: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP; Universidade de São Paulo; Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto
  • Data de criação/publicação: 2019-08-16
  • Formato: Adobe PDF
  • Idioma: Português

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