skip to main content
Primo Search
Search in: Busca Geral

Modernidade, colagem e tropicalidade: os hotéis de Morris Lapidus em Miami nos anos 1950.

Mello, Márcia Maria Lopes De

Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP; Universidade de São Paulo; Faculdade de Arquitetura e Urbanismo 2018-05-11

Acesso online. A biblioteca também possui exemplares impressos.

  • Título:
    Modernidade, colagem e tropicalidade: os hotéis de Morris Lapidus em Miami nos anos 1950.
  • Autor: Mello, Márcia Maria Lopes De
  • Orientador: Bruna, Paulo Julio Valentino
  • Assuntos: Arquitetura De Interiores; Hotelaria; Hotel Fontainebleau; Hospitalidade; Hibridismo; Edifícios Para Recreação; Cultura De Massa (Indústria Cultural); Morris Lapidus; Colagem (Artes Plásticas); Classe Média; Sociedade De Consumo; Balneários; Arquitetura Moderna; Arquitetura Tropical; Middle Class; Modern Architecture; Mass Culture (Cultural Industry); Interior Design; Hybridism; Hospitality; Hotel-Resort; Consumer Society; Collage (Fine Arts); Buildings For Recreation; Tropical Architecture
  • Notas: Tese (Doutorado)
  • Descrição: Genericamente, esta tese busca identificar a relação entre arquitetura e cultura de consumo, como definidora da identidade da arquitetura moderna de Miami no segundo pós-guerra. O conceito de cidade-balneário de Miami Beach foi transformado durante o decorrer da sua história. Os seus hotéis de inverno de meados da década de 1910 até 1945--destinados aos milionários associados à indústria automobilística--dão lugar a uma nova tipologia de hotel no pós-guerra, o hotelbalneário para a classe média norte-americana. Especificamente, este trabalho analisa os hotéis-balneários de Morris Lapidus (1902-2001) em Miami Beach na década de 1950, que definem a identidade da arquitetura moderna da cidade e que, por sua vez, caracterizam a sua própria imagem como cidade-balneário. A obra do setor da hospitalidade de Lapidus surge como informante de uma arquitetura com atenção máxima à escala humana do usuário. Suas lojas, construídas na época da Depressão, e seus hotéis do segundo pós-guerra, meticulosamente projetados para a classe média, surgem como veículos que contribuíram para a formação da cultura nacionalista, otimista e progressista, incentivada pelo governo federal de Franklin Roosevelt nesses períodos históricos. A histórica polêmica gerada sobre essa obra hoteleira de Lapidus, associada aos paradoxos presentes na composição arquitetônica de seus edifícios, está dividida entre a dogmática interpretação moderna do International Style e a leitura pós-moderna centrada na recuperação humanista. A narrativa da tese está fundamentada nessa polêmica cujo cerne está na questão sobre gosto e qualidade em arquitetura instigada por essa obra controversa. Este trabalho interpreta os paradoxos desses hotéis-balneários como uma metodologia de projeto de Lapidus, centrada na dialética de elementos de projeto contrastantes. Dessa dialética compositiva, nasce uma arquitetura híbrida, acessível à emergente classe-média, consumista e móvel, do pós-guerra. Esse hibridismo é estrategicamente elaborado como metodologia de projeto--uma colagem. A arquitetura como colagem nasce das escolhas de elementos extraídos de fontes diversas, que são apropriados e recriados pelo arquiteto. A diversidade de fontes de projeto advém da circulação de ideias--exposições, publicações e viagens. O apogeu da carreira de Lapidus é o hotel Fontainebleau (1954), o primeiro edifício do arquiteto de interiores que foi validado pelo seu conjunto de lojas da Main Street norte-americana. Os interiores derivam do método de projeto desenvolvido para as suas lojas, enquanto que a arquitetura do Fontainebleau descende da obra formativa de Oscar Niemeyer. A arquitetura moderna tropical do edifício contribuiu para a tipologia de hotel-balneário de Miami Beach no segundo pósguerra que, por sua vez, redefiniu o seu conceito de cidade-balneário. Após meio século, a arquitetura moderna hoteleira de Miami, originada com o Fontainebleau, está \"preservada\" sob a denominação Miami Modern-MiMo. No terceiro milênio, o MiMo, transformado em \"marca\" de consumo, é o veículo imobiliário da preservação da arquitetura moderna de Miami.
  • DOI: 10.11606/T.16.2019.tde-16012019-092152
  • Editor: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP; Universidade de São Paulo; Faculdade de Arquitetura e Urbanismo
  • Data de criação/publicação: 2018-05-11
  • Formato: Adobe PDF
  • Idioma: Português

Buscando em bases de dados remotas. Favor aguardar.