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Mulheres negras, o cuidado com a saúde e as barreiras na busca por assistência: estudo etnográfico em uma comunidade de baixa renda

Rosa, Patricia Lima Ferreira Santa

Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP; Universidade de São Paulo; Escola de Enfermagem 2013-12-19

Acesso online

  • Título:
    Mulheres negras, o cuidado com a saúde e as barreiras na busca por assistência: estudo etnográfico em uma comunidade de baixa renda
  • Autor: Rosa, Patricia Lima Ferreira Santa
  • Orientador: Hoga, Luiza Akiko Komura
  • Assuntos: Antropologia Cultural; Negros; Pesquisa Qualitativa; Saúde Da Mulher; Black Population; Cultural Anthropology; Qualitative Research; Women\'S Health
  • Descrição: Introdução: A metade da população brasileira feminina é constituída por negras. Muitas mulheres pertencentes a este grupo racial jamais fizeram a mamografia, e a taxa de mortalidade materna é maior entre as negras. Muitas desigualdades ainda persistem em diversos setores da sociedade, inclusive no âmbito da saúde, mesmo após a implementação do Sistema Único de Saúde, que disponibiliza assistência gratuita a todas as pessoas. Objetivos: Explorar as crenças, valores e práticas das mulheres negras relativas ao cuidado com a saúde no domicílio, no contexto da própria comunidade e a sua interface com a busca por assistência nas instituições de saúde. Metodologia: A pesquisa foi desenvolvida mediante abordagem qualitativa, utilizando-se do método etnográfico. O estudo foi desenvolvido na Cidade de São Paulo, no bairro Cidade Ipava (CI), uma região do Jardim Ângela constituída por uma grande proporção de negros, apresentando altos índices de vulnerabilidade à pobreza. Os dados foram coletados mediante o processo de observação participante e entrevistas etnográficas com 17 informantes gerais e três informantes chave. Resultados: Três descritores e um tema cultural expressam as crenças, valores e práticas das mulheres negras relativas ao cuidado com a saúde: 1) Faço o máximo para não ir ao médico - cuido da saúde do jeito que posso para evitar ficar doente: 2) A experiência com a assistência à saúde que recebo nas instituições não é boa: 3) Sofro racismo velado por ser negra. O tema cultural foi: Sem outra saída somos obrigadas a enfrentar obstáculos e buscar assistência médica porque os remédios caseiros não deram certo e o problema de saúde é grave. Conclusões: As mulheres se deparam com muralhas (in)visíveis ao acessar as instituições de saúde. Os resultados desta pesquisa reiteraram a premissa de que os determinantes sociais que marcam as desigualdades em saúde, tais como, as relações de gênero, classe social, idade, território, religião, raça/cor, entre outros aspectos, não se manifestam de forma isolada nas relações sociais. No tempo atual pós-moderno, as desigualdades sociais persistem, sobretudo entre as mulheres negras moradoras das regiões periféricas de grandes metrópoles. Estas requerem suporte para o empoderamento, essencial para reivindicar, acessar e usufruir de uma assistência à saúde de qualidade.
  • DOI: 10.11606/D.7.2013.tde-11082014-155050
  • Editor: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP; Universidade de São Paulo; Escola de Enfermagem
  • Data de criação/publicação: 2013-12-19
  • Formato: Adobe PDF
  • Idioma: Português

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