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Características clínicas e sociodemográficas de uma população com disforia/incongruência de gênero

Okano, Sérgio Henrique Pires

Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP; Universidade de São Paulo; Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto 2020-05-12

Acesso online. A biblioteca também possui exemplares impressos.

  • Título:
    Características clínicas e sociodemográficas de uma população com disforia/incongruência de gênero
  • Autor: Okano, Sérgio Henrique Pires
  • Orientador: Lara, Lucia Alves da Silva
  • Assuntos: Disforia De Gênero; Minorias Sexuais E De Gênero; Pessoas Transgêneras; Transexualismo; Gender Dysphoria; Sexual And Gender Minorities; Transgender People; Transsexualism
  • Notas: Dissertação (Mestrado)
  • Descrição: Introdução: A Disforia/Incongruência de gênero (D/IG) é uma condição em que a identidade de gênero de uma pessoa é incongruente com o sexo biológico designado ao nascimento. A D/IG é uma condição que demanda assistência multiprofissional em saúde para tornar o corpo da pessoa congruente com sua identidade. Objetivos: Identificar o momento de vida em que houve a percepção da D/IG, descrever as características clínicas e sociodemográficas dessa população e os resultados das avalições hormonais dessas pessoas durante o seguimento no AING. Metodologias: Estudo transversal de revisão de prontuários das pessoas com diagnóstico de D/IG em seguimento no AING de janeiro de 2010 a julho de 2018. Resultados: 125 mulheres trans e 68 homens trans foram avaliados. A percepção da incongruência de gênero foi percebida pela maioria das pessoas com D/IG na infância, porém foi estatisticamente maior em homens trans (OR: 2.05, p=0,02). Cento e vinte e oito referiram exercer atividade remunerada. Homens trans informaram ser estudantes em maior número do que as mulheres trans (OR= 2,15,p=0,03). A prostituição foi relatada apenas em mulheres trans, assim como a prevalência de ISTs e HIV. Prevalência de tabagismo, etilismo e drogadição foram respectivamente 35,9%, 18,1% e 11,9% para todas as pessoas com D/IG; 21,6%, 17,6% e 13,6% para as mulheres trans e 33,8%, 19,1% e 11,7% para os homens trans. E, por fim, a automedicação prévia ao caso novo foi mais frequente nas mulheres trans (OR:4,87, p<0,01). Em homens trans submetidos ao tratamento com androgênios houve aumento tantos dos níveis de estrogênio quanto de testosterona após início do tratamento, em mulheres trans foi observada a redução da testosterona com a hormônioterapia. Foi observado um nível superior ao esperado para a população feminina nos níveis séricos de testosterona pré-tratamento de homens trans. Conclusão: A percepção da transexualidade ocorre na infância e é mais percebida pelos homens trans. As mulheres trans possuem maior prevalência de HIV, ISTs, casos de prostituição, tabagismo, etilismo e drogadição. Os homens trans frequentam mais escolas do que mulheres trans. Homens trans virgens de tratamento possuem níveis séricos de testosterona maiores do que a mulheres cis.
  • DOI: 10.11606/D.17.2020.tde-23082020-105324
  • Editor: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP; Universidade de São Paulo; Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto
  • Data de criação/publicação: 2020-05-12
  • Formato: Adobe PDF
  • Idioma: Português

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