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Os rios e o desenho urbano da cidade: proposta de projeto para a orla fluvial da Grande São Paulo

Delijaicov, Alexandre Carlos Penha

Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP; Universidade de São Paulo; Faculdade de Arquitetura e Urbanismo 1999-02-02

Acesso online. A biblioteca também possui exemplares impressos.

  • Título:
    Os rios e o desenho urbano da cidade: proposta de projeto para a orla fluvial da Grande São Paulo
  • Autor: Delijaicov, Alexandre Carlos Penha
  • Orientador: Martino, Arnaldo Antonio
  • Assuntos: Infraestrutura Urbana; Navegação Fluvial (São Paulo); Rios; Not Available
  • Notas: Dissertação (Mestrado)
  • Descrição: Essa é uma proposta de Reestruturação do ambiente da orla fluvial da Metrópole de São Paulo que apresenta idéias de projeto para integração, urbanística, entre os rios e o desenho da cidade. A idéia essencial desse projeto é a de uma cidade desenhada pelas águas dos canais e lagos dos rios. A pintura de Benedito Calixto, de 1892, Inundação da Várzea do Carmo, mostra um largo espelho dágua, no pé da colina histórica da cidade, que é o rio Tamanduateí ocupando seu leito maior. Esse desenho de observação dos lagos, dos aterrados que ligavam as duas margens, do mercado, do porto e de um arvoredo beira-rio surge a cidade imaginada: porto e parque fluvial. Aterrados, barragens, diques, eclusas e canais navegáveis constróem essa geografia inventada. Uma Amsterdã na Várzea do Carmo. Uma Holanda projetada ao longo da orla fluvial da bacia do Alto Tietê. Idéias opostas prevaleceram. Em apenas cem anos, durante o processo acelerado e descontrolado de industrialização e expansão urbana, os leitos maiores dos rios foram aterrados e ocupados pela cidade. Os argumentos sanitaristas e hidráulicos fundamentaram o verdadeiro objetivo que era lotear e vender as várzeas. O imenso logradouro público, espaço ideal para o Parque Linear Metropolitano foi privatizado e os rios canalizados desprezando-se a navegação fluvial. A metrópole construída pela especulação imobiliária e a precariedade da infra-estrutura urbana transformaram os rios da cidade em canais de esgoto, confinados entre avenidas que têm o caráter de rodovias urbanas. Esse conceito de canalização de rios e construção de avenidas de fundo de vale, iniciado com a proposta de um Plano de Avenidas, apresentada em 1930 por Prestes Maia, se espalho e está impregnada, ainda hoje, nas administrações públicas, agora com a justificativa, contraditória, de controle das enchentes e circulação de automóveis. Idéias de um urbanísmo rodoviário contrário aos ideais de um urbanismo humanista, preocupado com a qualidade da estrutura ambiental urbana. Para esse urbanismo rodoviarista, pedestres e ciclistas não existem; metrô, parques e áreas verdes, equipamentos sociais e habitação social não são prioritários. Três idéias orientam o desenho proposto para reestruturar a orla fluvial: portos, parques e habitação. Cidade-Porto fluvial: sistema hidroviário da Grande São Paulo; Cidade-Parque fluvial: parques beira-rio densamente arborizados; Bulevar-habitacional fluvial: avenidas densamente arborizadas com largos conjuntos de edifícios de apartamentos, implantados ao longo da orla, com calçadas cobertas, comércio e serviços no térreo; e pontes-estação, porto, estação de metrô e praça de equipamentos sociais, modulando a orla com pontes de equipamentos públicos e torres de escritórios. Cidade das várzeas, Cidade-Parque/Porto Fluvial imaginada a partir de uma idéia de cidade desenhada, estruturada, pelo contorno dos espelhos dágua da rede de lagos e canais navegáveis dos rios da bacia Alto Tietê na Grande São Paulo.
  • DOI: 10.11606/D.16.1999.tde-11052022-130502
  • Editor: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP; Universidade de São Paulo; Faculdade de Arquitetura e Urbanismo
  • Data de criação/publicação: 1999-02-02
  • Formato: Adobe PDF
  • Idioma: Português

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