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Imagem-movimento, imagens de tempo e os afetos "Alegres" no filme o Triunfo da Vontade, de Leni Riefenstahl um estudo de sociologia e cinema

Mauro Luiz Rovai Maria Helena Oliva Augusto

2001

Localização: FFLCH - Fac. Fil. Let. e Ciências Humanas    (Disponível apenas online )(Acessar)

  • Título:
    Imagem-movimento, imagens de tempo e os afetos "Alegres" no filme o Triunfo da Vontade, de Leni Riefenstahl um estudo de sociologia e cinema
  • Autor: Mauro Luiz Rovai
  • Maria Helena Oliva Augusto
  • Assuntos: Riefenstahl, Leni; CINEMA -- ALEMANHA; CINEMA; IDEOLOGIA
  • Notas: Tese (Doutorado)
  • Descrição: A tese analisa o filme O Triunfo da Vontade, de Leni Riefenstahl, a partir das imagens clichês de alegria e felicidade nele presentes. O que se pretende mostrar é "como" a cineasta utiliza exaustivamente imagens do que é considerado espetacular, extraordinário, harmônico, alegre e feliz. Procedimento que contribuiu, em grande medida, para a divulgação (propagação) do nazismo, é certo, mas também, e principalmente, para realizar um conto de fadas em que um "príncipe" vem desposar a sua "escolhida", adormecida sob as nuvens do céu de Nuremberg, celebrando, assim, um mito redentor que prolifera de maneiras multifacetadas em diversas culturas. Além disso, mais do que entender a obra como propaganda, a hipótese central é que Leni Riefenstahl conseguiu transformar lugares cotidianos, pessoas comuns e grandes construções arquitetônicas em personagens de uma epopéia, coadjuvantes ou parceiras do grande protagonista da tela: Hitler, um líder político tornado ator - no papel de herói. Nesses termos, o que se quer privilegiar são os aspectos estéticos do trabalho da diretora, trajetória já trilhada por Susan Sontag na década de 70. Todavia, ao invés de fazê-lo tomando a cineasta como a precursora de uma determinada maneira de glorificar o corpo, localizando-a no registro do "discurso conservador" de retorno à natureza - conforme explorou Sontag -, o que se pretende apontar é como o cotidiano foi transformado numa epopéia maravilhosa a partir do seu trabalho de direção
    e edição. Em outras palavras, que o encontro entre o clichê e a busca pelas tomadas insólitas configuraram outra maneira de re-apresentar os acontecimentos por meio de imagens, a saber, transformando-os em espetáculos fascinantes. Por essa interpretação, se há um "espírito nazista" em O Triunfo da Vontade, esse deve ser procurado não nos uniformes e estandartes presentes no ) écran, mas na geração incessante de imagens clichês de felicidade, alegria e júbilo. Afinal, como procuro realçar, a película não apenas mostra o IV Congresso do NSDAP, mas atualiza, a cada uma de suas exibições, as imagens daquilo que Adorno chamava de "a capacidade imperturbada de ter prazer", em que fica claro o curto caminho existente entre o "evangelho da alegria" e a "construção de matadouros humanos"
  • Data de criação/publicação: 2001
  • Formato: 335 p.
  • Idioma: Português

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