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Regionalização da saúde no Brasil da escala do corpo à escala da nação

Raul Borges Guimarães

2008

Localização: FSP - Faculdade de Saúde Pública    (LD 109 )(Acessar)

  • Título:
    Regionalização da saúde no Brasil da escala do corpo à escala da nação
  • Autor: Raul Borges Guimarães
  • Assuntos: SAÚDE (GEOGRAFIA REGIONAL); POLÍTICA DE SAÚDE; REGIONALIZAÇÃO
  • Notas: Tese (Livre Docência)
  • Descrição: No Brasil, as regiões de saúde têm sido estabelecidas pela união de municípios contíguos, criando a necessidade de inserção de um novo nível hierárquico no Sistema de Saúde (SUS), com recursos próprios, equipe técnica e infra-estrutura administrativa. Contudo, o processo de regionalização revelou uma questão mais importante, uma vez que as regiões de saúde, de fato, não podem ser consideradas áreas homogêneas, separadas das outras por linhas imaginárias. Pelo contrário, as regiões de saúde são entes muito mais dinâmicos do que se possa imaginar, com fronteiras móveis estabelecidas pelos próprios cidadãos em seus percursos de diagnóstico e terapêutica. Nos últimos 10 anos, importantes mudanças foram realizadas na relação entre governo federal, os estados e os municípios para descentralizar a política de saúde no Brasil. Apesar dos avanços nesta direção, a regulamentação do Sistema Único de Saúde (SUS) não avançou na formulação de mecanismos que promovam a cooperação entre as esferas de governo e evitem a competição por recursos e competências, sobretudo pela ausência de uma definição mais clara do papel dos governos estaduais na saúde. Também não criaram alternativas para a repartição mais justa e para mudança da sistemática de transferência de recursos financeiros. Tendo em vista as articulações das múltiplas escalas geográficas, o presente trabalho procura demonstrar que as diversas formas regionais são definidas pelos próprios brasileiros em sua vida
    cotidiana. ) Tendo como centro de análise a escala do corpo, nossa análise apresenta uma perspectiva crítica do processo de regionalização. As diferenças corporais servem como base para formas sócio-espaciais de inclusão e empoderamento, exclusão e opressão, produzindo experiências diferenciadas de saúde e doença. De acordo com os teóricos da escala geográfica, o estudo da produção do espaço não é o único objeto da geografia. Também é uma tarefa da geografia a análise de interações e articulações entre as escalas geográficas no decorrer do processo de produção do espaço. Os atores sociais que possuem capacidade de mobilidade e de saltar escalas são aqueles que conseguem subverter a ordem estabelecida, redefinindo políticas públicas e controlando a agenda do Estado. Se o problema da extensão e da forma são intrínsecas à análise espacial, considerar a produção das escalas geográficas como uma medida pode conferir visibilidade aos modos de existência espacial da própria sociedade. Em outras palavras, a escala geográfica é um instrumento analítico que incorpora a percepção, a concepção e a representação que torna a realidade visível para o observador
  • Data de criação/publicação: 2008
  • Formato: 176 p.
  • Idioma: Português

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