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Autoconstrução formas e fôrmas: um olhar sobre seus canteiros e processos de produção em São Paulo, anos 2010

Cabral, Gabriel Enrique Higo Mafra

Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP; Universidade de São Paulo; Faculdade de Arquitetura e Urbanismo 2022-03-31

Acesso online. A biblioteca também possui exemplares impressos.

  • Título:
    Autoconstrução formas e fôrmas: um olhar sobre seus canteiros e processos de produção em São Paulo, anos 2010
  • Autor: Cabral, Gabriel Enrique Higo Mafra
  • Orientador: Carvalho, Caio Santo Amore de
  • Assuntos: Assentamentos Populares; Autoconstrução; Canteiro De Obras; Produção Não-Regulada Da Habitação; Formas De Produção Da Habitação; Popular Settlements; Non-Regulated Housing Production; Forms Of Housing Production; Construction Site; Self-Construction
  • Notas: Dissertação (Mestrado)
  • Descrição: Este trabalho parte da necessidade de atualização do debate da autoconstrução da moradia, tendo como foco o estudo do fenômeno em assentamentos populares na metrópole paulistana nos anos 2010. Compreende-se a autoconstrução como um processo produtivo que resulta na habitação, com características próprias que se busca entender melhor: lógicas de estruturação do canteiro, arranjos de agentes e suas inter-relações, técnicas construtivas, organização do trabalho, inserção social e econômica. Para tanto, recorre-se à pesquisa bibliográfica e principalmente à pesquisa empírica por meio de entrevistas com agentes envolvidos na autoconstrução. Primeiramente, discorre-se sobre o debate realizado no Brasil a partir do fim dos anos 1960 em um contexto de franca expansão industrial e urbana, processos explicativos e também explicados pela autoconstrução. São exploradas também as formulações de outra vertente de debate que compreende a autoconstrução como parte integrante do processo de desenvolvimento das relações capitalistas na cadeia da construção civil e, também, da produção da totalidade do espaço construído, definindo-a como uma forma de produção da habitação. Desde então, o contexto brasileiro se alterou: pode-se falar na diminuição do loteamento de terras para baixa renda e aumento do número de ocupações e favelas, perda de força explicativa do crescimento urbano pelo modelo centro-periferia, bem como na intensificação do processo de desregulação e precarização do trabalho, acompanhado pela reestruturação produtiva. Entende-se que a autoconstrução, enquanto forma de produção do espaço dinâmica e historicamente determinada, deve ser entendida diante do novo contexto. Ainda, compreende-se que, para além das categorias que a definem enquanto forma de produção, a autoconstrução deve ser entendida como parte do universo da produção não-regulada da moradia e do espaço construído, constituído pelos processos de produção que ocorrem sem a presença da regulação estatal tanto no âmbito urbanístico e fundiário, quanto no das relações de trabalho que estruturam os seus canteiros. Assim, os resultados das entrevistas realizadas são estruturados segundo algumas esferas de análise relacionadas a atividades e momentos do processo de produção. São elas: [1] Originação da Produção e Planejamento Inicial; [2] Fornecimento de Materiais; [3] Execução; e [4] Disponibilização de Recursos Financeiros. Percebe-se que a autoconstrução é uma forma de produção com muitas porosidades, de modo que as próprias esferas de análise utilizadas para sua compreensão são altamente emaranhadas. Pode-se falar também em sobreposições importantes com outras formas de produção como a produção para mercado, nublando as fronteiras delimitadoras entre as formas que podem, não obstante, geralmente ser diferenciadas. A autoconstrução pode se basear tanto no trabalho doméstico não-pago quanto no trabalho informalmente remunerado, e entende-se que a viração estrutura essa forma de produção, sendo a precariedade do trabalho e das condições socioeconômicas uma característica transversal a diversos agentes, como os moradores e os construtores autônomos. Por fim, percebe-se alterações significativas na composição técnica da autoconstrução relacionadas à disseminação de componentes prontos nos varejos que alimentam seus canteiros (como portas, caixilhos e armaduras pré-montadas), bem como à introdução de novos agentes e técnicas, como o concreto usinado bombeado, o que se reflete no aumento de produtividade destes canteiros.
  • DOI: 10.11606/D.16.2022.tde-29072022-164928
  • Editor: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP; Universidade de São Paulo; Faculdade de Arquitetura e Urbanismo
  • Data de criação/publicação: 2022-03-31
  • Formato: Adobe PDF
  • Idioma: Português

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