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Encaminhamentos a recuperação paralela: um olhar de gênero.

Pereira, Fábio Hoffmann

Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP; Universidade de São Paulo; Faculdade de Educação 2008-05-16

Acesso online. A biblioteca também possui exemplares impressos.

  • Título:
    Encaminhamentos a recuperação paralela: um olhar de gênero.
  • Autor: Pereira, Fábio Hoffmann
  • Orientador: Carvalho, Marilia Pinto de
  • Assuntos: Dificuldades De Aprendizagem; Progressão Continuada; Recuperação Paralela; Relações De Gênero; Continuous Progression; Gender Relations; Learning Difficulties; Parallel Studies
  • Notas: Dissertação (Mestrado)
  • Descrição: Este trabalho apresenta os resultados da pesquisa que teve por objetivo analisar a percepção que as professoras têm de alunos e alunas encaminhados à recuperação paralela. O objetivo da pesquisa foi verificar se os motivos pelos quais meninos e meninas são encaminhados/as à recuperação paralela são semelhantes, ou se diferem de acordo com o sexo do/a estudante. A pesquisa baseou-se nos estudos sobre as relações de gênero e educação e em estudos sobre o fracasso e o sucesso escolar. As hipóteses iniciais eram de que os meninos seriam encaminhados por motivos não necessariamente ligados à sua real dificuldade de aprendizagem, seja por conta de indisciplina, seja por uma suposta culpabilização da família que não ajudaria o aluno nas tarefas escolares em casa, por exemplo. Já as meninas seriam encaminhadas por conta de dificuldades de aprendizagem geradas por timidez, apatia, deficiência mental, etc., ou seja, o motivo de encaminhamento das alunas seria por uma dificuldade intrínseca à menina, não havendo muita esperança de que a recuperação paralela contribuísse para que ela avançasse, já que sua dificuldade estaria atrelada a fatores psicointelectuais. A pesquisa de campo centrou-se em uma escola do Município do Embu que possuía um projeto de recuperação para alunos com dificuldades em leitura e escrita: o Projeto Letras e Livros e contou com observações e entrevistas semi-estruturadas com as professoras regentes de classe (que encaminham as crianças) e as professoras atuantes no Projeto Letras e Livros, além de observações das reuniões de conselho de classe ao longo do ano letivo de 2006. Tanto o Projeto analisado quanto a escola que serviu como campo para a pesquisa foram escolhidos devido à boa estrutura e organização e aos bons resultados que vinham mostrando nos anos de 2002 a 2006. Os resultados apontaram para a confirmação de que, independentemente de um trabalho articulado e reflexivo por parte das professoras, ainda se culpabiliza a família e a pobreza de algumas crianças, numa maioria de meninos, pela sua dificuldade de aprendizagem. Porém, esta questão não se apresentou tão forte quanto a literatura acadêmica vem mostrando. Na escola pesquisada, os aspectos referentes à não adequação da criança a um ofício de aluno valorizado pelas professoras - este ofício de aluno é tomado aqui como um modelo da maneira como o aluno ou a aluna deve se comportar, agir e ser dentro das dinâmicas escolares, ou seja, o não ajuste de algumas crianças ao que é esperado delas no momento de se organizar, se concentrar na aula, se comportar diante dos colegas e da professora, etc., - pode fazer com que a criança seja percebida como um/a aluno/a com dificuldade de aprendizagem. Algumas dificuldades citadas pelas professoras, entretanto, são percebidas mais em meninos e outras em meninas, evidenciando que as construções sociais sobre o masculino e o feminino contam muito ao avaliar quem precisa ou não de apoio extra na aprendizagem escolar.
  • DOI: 10.11606/D.48.2008.tde-08102008-143805
  • Editor: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP; Universidade de São Paulo; Faculdade de Educação
  • Data de criação/publicação: 2008-05-16
  • Formato: Adobe PDF
  • Idioma: Português

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