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Caracterização florística e fitossociológica de uma área em processo de restauração florestal comparada a uma área em sucessão secundária (regeneração natural) no Sul do Brasil

Boeni, Ana Flávia

Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP; Universidade de São Paulo; Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz 2016-02-03

Acesso online. A biblioteca também possui exemplares impressos.

  • Título:
    Caracterização florística e fitossociológica de uma área em processo de restauração florestal comparada a uma área em sucessão secundária (regeneração natural) no Sul do Brasil
  • Autor: Boeni, Ana Flávia
  • Orientador: Gandolfi, Sergius
  • Assuntos: Avaliação E Monitoramento; Floresta Estacional Semidecidual; Rio Grande Do Sul; Sucessão Florestal; Evaluation And Monitoring; Forest Succession; Seasonal Semideciduous Forest
  • Notas: Dissertação (Mestrado)
  • Descrição: Com a intensa degradação histórica dos ecossistemas naturais esforços mundiais estão sendo unidos para a restauração dos ecossistemas degradados. Em vista dessa demanda crescente por restauração florestal e pela diminuição dos custos que dela decorrem, o trabalho objetivou descrever e distinguir a composição florística e fitossociológica atual de uma área em processo de restauração pelo método de plantio total e de outra imediatamente ao lado que foi abandonada e está se recuperando somente pela regeneração natural. Ambas as áreas eram talhões de eucaliptos que foram colhidos há 8 anos, na região da serra do Rio Grande do Sul, que pelas limitações de terreno ainda abrigam diversos remanescentes florestais. A coleta dos dados foi realizada num Horto Florestal do município de Canela. Foram alocadas sistematicamente 20 parcelas de 10 x 10m (100m²) nos locais onde foi realizado o plantio (AP) e 20 parcelas onde ocorreu o estabelecimento da regeneração natural (ARN). Em cada parcela de 100 m² foram coletados dados de todos os indivíduos arbustivo-arbóreos com Diâmetro a Altura do Peito (DAP) ≥ 4,8 cm, os quais tiveram suas alturas totais estimadas. Os exemplares foram identificados e classificados conforme seu grupo (plantados, regenerantes, rebrotas ou remanescentes), sua posição (dossel, sub-bosque ou situados em clareiras) e tamanho de copa (grande, média e pequena). Para amostragem do estrato regenerante, em cada parcela de 100m² foram alocadas duas sub-parcelas de 2 x 2m (4m²), onde todos os indivíduos de altura acima de 0,3 m até DAP = 4,7 cm foram levantados. Todos os indivíduos foram classificados conforme a categoria de status sucessional de suas espécies em: pioneiras, secundárias iniciais, clímácicas e típicas de sub-bosque, bem como segundo a síndrome de dispersão em: zoocóricas (dispersas por animais), anemocóricas (dispersas pelo vento) e autocóricas (mecanismos próprios). Os parâmetros fitossociológicos foram calculados, como densidade, dominância, frequência, valor de cobertura e de importância, além da riqueza de espécies, indicador Jackknife 1 e dos índices de Shannon, Pielou, similaridade de Jaccard e Chao-Jaccard. A densidade, área basal, proporções de categorias sucessionais, síndromes de dispersão, tamanhos de copa, área de projeção de copa e grupos, foram comparados entre as duas áreas utilizando Modelos Lineares Generalizados. Como a paisagem é basicamente composta por florestas maduras, e as áreas de estudo estão localizadas lado a lado, os parâmetros riqueza, diversidade de espécies, densidade de indivíduos, área basal, cobertura florestal e proporções de grupos funcionais (categorias de status sucessional e síndromes de dispersão) praticamente não apresentaram diferenças significativas entre as duas áreas, tanto no estrato arbustivo-arbóreo quanto no estrato regenerante. Os resultados demonstram que neste contexto, o plantio total de mudas não foi necessário para o objetivo de restaurar a estrutura florestal, composição florística e processos ecológicos. Porém mostram a importância de se analisar os fatores como objetivos, composição da paisagem, uso histórico do solo e potencial de regeneração da área a ser restaurada para aproveitar-se do potencial da regeneração natural quando essas condicionantes forem atendidas, o que pode diminuir custos da restauração florestal e torná-la mais atrativa.
  • DOI: 10.11606/D.11.2016.tde-26042016-175442
  • Editor: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP; Universidade de São Paulo; Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz
  • Data de criação/publicação: 2016-02-03
  • Formato: Adobe PDF
  • Idioma: Português

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