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Entre línguas e afetos uma investigação psicanalítica da língua em grupos multilíngües

Pablo de Carvalho Godoy Castanho Maria Inês Assumpção Fernandes

2005

Localização: IP - Instituto de Psicologia    (T RC510 C346e v.2 e.2 )(Acessar)

  • Título:
    Entre línguas e afetos uma investigação psicanalítica da língua em grupos multilíngües
  • Autor: Pablo de Carvalho Godoy Castanho
  • Maria Inês Assumpção Fernandes
  • Assuntos: PSICANÁLISE DE GRUPO; TEORIA PSICANALÍTICA; METAPSICOLOGIA; CULTURA; COMUNICAÇÃO INTERCULTURAL
  • Notas: Dissertação (Mestrado)
  • Descrição: Como a subjetividade é atravessada pela diferença de línguas em nosso tempo? A globalização delineia percursos de vida que cruzam cada vez mais por diferentes línguas: trânsito internacional de mão- de- obra, programas de intercâmbio, tecnologias da informação etc. Quais os fundamentos e efeitos psíquicos deste multilingüismo? A questão nos recoloca um problema central na psicanálise: o da articulação entre o sujeito e seu contexto histórico e social. Este trabalho propõe a língua como objeto privilegiado para abordar a questão devido a seu caráter simultaneamente social e individual. Toma como essenciais os conceitos das teorias psicanalíticas de grupo, definidas como conjunto de teorias sobre a intersubjetividade fundamentadas pela especificidade da prática grupal, com o objetivo de proceder a uma caracterização da língua como "formação intermediária da cultura" (René Kaës) Como apoio teórico, este texto recorre à produção teórica da clínica psicanalítica em língua estrangeira. O trabalho de campo foi realizado em uma escola de português para estrangeiros e consiste em observações de aula e grupos operativos (técnica de inspiração psicanalítica desenvolvida por Pichon-Rivière) conduzidos em português. Recorre à história das teorias psicanalíticas de grupo na França para o trabalho de análise. Assim, orienta-se por dois eixos que se determinam mutuamente: o primeiro toma a língua como objeto de investimento pulsional e, portanto, mobilizador de representações. O segundo
    identifica processos e formações psíquicas em que está implicada a diferença de língua. No exame das representações ligadas às línguas dos grupos, o trabalho localiza possíveis atravessamentos de representações historicamente construídas e disponibilizadas na cultura Estudando os processos e formações psíquicas nos grupos, atenta, de um lado, às irrupções e interferências de uma língua estrangeira e, de outro, àquilo que as "falhas" de uma língua comum e bem conhecida por todos de um grupo revelariam das funções lingüísticas em situações "normais". No final, o trabalho explicita algumas hipóteses que relacionam o sujeito, o grupo e o universo social por meio da língua Destaca o possível papel da língua na delimitação de envelopes psíquicos grupais e seus efeitos intrapsíquicos. Outra hipótese relevante aponta para uma função de "espelho" da língua, implicando-a no narcisismo e no desenvolvimento da identidade atravessados pela valoração social assumida pelas línguas e suas variações. O trabalho também faz breves reflexões sobre o manejo técnico de grupos interculturais e questões do ensino/aprendizado de idiomas
  • Data de criação/publicação: 2005
  • Formato: 2 v + anexos.
  • Idioma: Português

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