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Comparação de duas técnicas anestésicas no bloqueio do plano eretor da espinha bilateral em cirurgia cardíaca

Linares, Luis Alberto Rodriguez

Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP; Universidade de São Paulo; Faculdade de Medicina 2023-09-19

Acesso online. A biblioteca também possui exemplares impressos.

  • Título:
    Comparação de duas técnicas anestésicas no bloqueio do plano eretor da espinha bilateral em cirurgia cardíaca
  • Autor: Linares, Luis Alberto Rodriguez
  • Orientador: Galas, Filomena Regina Barbosa Gomes
  • Assuntos: Revascularização Miocárdica; Ponte Cardiopulmonar; Dor Crônica; Dor Aguda; Dexametasona; Anestesia Em Procedimentos Cardíacos; Adjuvantes Anestésicos; Cardiopulmonary Bypass; Chronic Pain; Anesthesia Cardiac Procedures; Dexamethasone; Adjuvants Anesthesia; Myocardial Revascularization; Acute Pain
  • Notas: Tese (Doutorado)
  • Descrição: INTRODUÇÃO: Intervenções baseadas na doença, procedimentos menos invasivos, assim como curtos tempos de internação hospitalar que acarretam importante impacto no sistema de saúde junto com um rápido retorno das atividades cotidiana, são mudanças baseadas num programa de cuidados multimodal no período peri, intra e pós-operatório em pacientes cirúrgicos. Na cirurgia cardíaca ainda são poucas as evidências e protocolos que empregam esta técnica como coadjuvante para os pacientes submetidos à revascularização miocárdica OBJETIVO: Avaliar a eficácia do bloqueio do plano dos músculos eretores da espinha (ESP). MÉTODOS: Ensaio clínico randomizado duplo cego realizado em um hospital público universitário, Quarenta pacientes foram alocados em dois grupos de acordo com a solução utilizada para a realização do ESP: no primeiro grupo (Grupo AL), ropivacaína 0,2% foi administrada para realização do bloqueio, enquanto no segundo grupo (Grupo AL + Corticoide) ropivacaína 0,2% associada com dexametasona 4mg foi a solução injetada. O ESP foi relaxado guiado por ultrassom antes da cirurgia, injetando-se o volume de 25 ml da solução em cada lado, no nível do processo transverso da quinta vertebra torácica. Os pacientes foram avaliados em relação à dor pós-operatória, na fase aguda, por meio das escalas Visual Análoga (EVA) e Visual Numérica (EVN), após extubação e nos primeiros sete dias após a cirurgia, durante o repouso e no movimento; também foi avaliada a incidência de dor crônica aos 30, 60 e 90 dias após a cirurgia por meio do inventario da dor breve (BIP). RESULTADOS: Os dois grupos do estudo mostraram-se homogêneos em relação às características pré-operatórias sociodemográficas, clínicas e laboratoriais dos pacientes. Não foi observada diferença significativa na analgesia da fase aguda entre os dois grupos. O tempo de extubação foi menor (793 minutos) no grupo AL + corticoide (p-valor 0,047), enquanto o uso de medicação analgésica de resgate, principalmente opioides, não demonstrou diferenças significativas (pvalor > 0,05) entre os dois grupos. O grupo AL + corticoide apresentou menor incidência de vômito no pós-operatório (20% vs. 55%; p-valor 0,048). De forma geral observamos que para a EVN, tanto em repouso como em movimento, os escores foram diminuindo ao longo do tempo. Quando a dor crônica foi avaliada, as comparações entre as variáveis da escala BIP nos três momentos observados mostraram diferença significativa (p-valor >0,005) entre dois grupos. O grupo AL + corticoide mostrou melhores escores e recuperação mais precoce das seguintes variáveis: número pior dor, dor mais fraca, dor média, intensidade dor e sono. Foi possível notar também que o percentual com dor foi diminuindo ao longo do tempo apenas no grupo AL + corticoide para os seguintes domínios: atividade geral (p-valor 0,029), humor (pvalor 0,058), habilidade ao caminhar (p-valor 0,005), trabalho (p-valor 0,005), interferência da dor (p-valor < 0,001). O único domínio que mostrou superioridade do grupo AL quando comparado ao grupo intervenção foi habilidade de apreciar vida (p-valor 0,039). CONCLUSÃO: O emprego do ESP não produziu diferença no consumo de opioides ou analgésicos quando se compararam os grupos na fase aguda, porém o grupo AL + corticoide mostrou-se mais eficiente em evitar complicações como vômito, tendo também impacto positivo quando dor crônica foi avaliada. Estes dados sugerem que o ESP com AL + Corticoide pode ser uma alternativa útil para prevenção da dor crônica nas cirurgias de revascularização miocárdica
  • DOI: 10.11606/T.5.2023.tde-14122023-174925
  • Editor: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP; Universidade de São Paulo; Faculdade de Medicina
  • Data de criação/publicação: 2023-09-19
  • Formato: Adobe PDF
  • Idioma: Português

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