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Socioecologia de Sapajus xanthosternos na Reserva Biológica de Una, sul da Bahia

Gouveia, Priscila Suscke

Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP; Universidade de São Paulo; Instituto de Psicologia 2014-04-10

Acesso online. A biblioteca também possui exemplares impressos.

  • Título:
    Socioecologia de Sapajus xanthosternos na Reserva Biológica de Una, sul da Bahia
  • Autor: Gouveia, Priscila Suscke
  • Orientador: Mauro, Patricia Izar
  • Assuntos: Uso Do Espaço; Sapajus Xanthosternos; Sistemas Sociais De Primatas; Percepção De Risco; Macacos-Prego; Socioecologia; Dieta; Competição Alimentar; Relações Sociais; Social Relationships; Socioecology; Range Use; Primates Social Systems; Perceived Predation Risk; Food Competition; Diet; Capuchin Monkeys
  • Notas: Tese (Doutorado)
  • Descrição: A socioecologia investiga o efeito de fatores ecológicos sobre padrões de sistema social. Para muitos animais, o risco de predação tem sido apontado como a principal força seletiva favorecendo a sociabilidade. Entretanto, como determinante na variação dos sistemas sociais de primatas, esse fator tem sido considerado menos importante do que a competição por alimento. Os objetivos deste estudo foram (1) investigar a influência da disponibilidade de alimento e do risco de predação no uso do habitat pelo grupo estudado, para avaliarmos se o risco de predação é um fator relevante para essa população, (2) caracterizar o sistema social e (3) investigar se o risco de predação e/ou a oferta de alimento afetam o sistema social de Sapajus xanthosternos, espécie Criticamente ameaçada devido à caça e destruição do seu habitat, o que a torna relevante para o teste de hipóteses. Esta pesquisa foi realizada na Reserva Biológica de Una, cuja vegetação é classificada como floresta de tabuleiro e, na qual a população estudada ainda sofre pressão de caça. Um grupo foi acompanhado por 16 meses, num total de 2126 horas. O risco de predação foi avaliado em função do comportamento de vigilância, vocalizações de alarme, encontros com predadores e indícios de caça. Por meio do método focal árvore alimentação avaliamos o tamanho e qualidade das fontes agregadas. As interações agonísticas e afiliativas foram registradas pelo método de todas as ocorrências. A área de vida e os percursos diários foram calculados para avaliarmos a competição indireta intra e entre grupos. Os resultados foram comparados com os obtidos para uma população de S. nigritus e uma de S. libidinosus. O uso do habitat pelo grupo foi influenciado tanto pela distribuição e disponibilidade de recursos alimentares quanto pelo risco de predação. Os macacos-prego na Rebio Una formam grupos grandes e coesos, com filopatria de fêmeas e, a população é caracterizada por fissão de grupos grandes. O grande tamanho dos grupos favorece a hipótese de que o tamanho mínimo de grupo é determinado pelo risco de predação. O grupo apresentou um elevado número de machos (esperado devido ao número de fêmeas), o que também é considerado por alguns estudos como evidência de alto risco de predação. A estratégia reprodutiva das fêmeas foi relacionada à organização social e, consequentemente, ao risco de predação. S. xanthosternos consome tanto recursos agregados quanto dispersos e despendeu uma alta proporção de tempo forrageando por invertebrados. A hierarquia de dominância entre fêmeas foi parcial e as fêmeas de alto posto alimentaram-se conjuntamente com as fêmeas de baixo posto em fontes agregadas, enfatizando que fêmeas apresentaram relações tolerantes. A maioria das fontes agregadas utilizadas foi de tamanho intermediário em relação ao tamanho do grupo e produtiva e a competição direta por alimento envolvendo fêmeas intra-grupo não foi baixa. A competição indireta intra-grupo foi elevada, o que se constata pelas altas taxas de deslocamento e pelas grandes distâncias diárias percorridas. A competição direta entre grupos foi baixa e o risco de predação percebido foi alto em comparação com outros estudos. O padrão de sistema social, com grupo grande, elevado número de machos, e fêmeas com alto grau de afiliação e tolerância não está de acordo com o esperado por modelos que só consideram o efeito da competição por alimento, e sugere que o risco de predação afeta os componentes que caracterizam o sistema social deste grupo. Em conclusão, o sistema social de S. xanthosternos nesta população é uma resposta à pressão de predação e à oferta de alimento
  • DOI: 10.11606/T.47.2014.tde-02102014-110852
  • Editor: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP; Universidade de São Paulo; Instituto de Psicologia
  • Data de criação/publicação: 2014-04-10
  • Formato: Adobe PDF
  • Idioma: Português

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