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Caracterização da modulação autonômica cardiovascular nas posições supina e vertical, usando-se a manobra postural passiva, em pacientes com história clínica de síncope neurocardiogênica e indivíduos saudáveis

Leite, Mariana Adami

Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP; Universidade de São Paulo; Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto 2017-08-28

Acesso online. A biblioteca também possui exemplares impressos.

  • Título:
    Caracterização da modulação autonômica cardiovascular nas posições supina e vertical, usando-se a manobra postural passiva, em pacientes com história clínica de síncope neurocardiogênica e indivíduos saudáveis
  • Autor: Leite, Mariana Adami
  • Orientador: Gallo Junior, Lourenco
  • Assuntos: Modulação Autonômica Cardíaca; Síncope Neurocardiogênica; Síncope Vasovagal; Tilt-Test; Cardiac Autonomic Modulation; Neurocardiogenic Syncope; Vasovagal Syncope
  • Notas: Tese (Doutorado)
  • Descrição: A síncope neurocardiogênica (SINC) é causada por redução global e aguda do fluxo sanguíneo cerebral, subsequente à hipotensão arterial, com perda transitória da consciência e do tônus postural. Entretanto, existem divergências, quanto às repostas das variáveis cardiovasculares que antecedem o início da SINC, provocada pelo seu principal teste diagnóstico, a manobra postural passiva (MPP) ou Tilt-test. Recentemente, a possibilidade de analisar as variáveis cardiovasculares, com métodos computacionais não-invasivos, lineares (ML) e não lineares (MNL) tem permitido o estudo das entropias, da variabilidade da frequência cardíaca (VFC), da pressão arterial sistólica (VPAS) e da sensibilidade barorreflexa (SBR); estudos preliminares sugerem que a SINC poderia estar relacionada ao desequilíbrio da modulação autonômica dessas variáveis. Objetivo: usar métodos computacionais, ML e MNL, na análise da VFC, e ML na análise da VPAS e da SBR, em pacientes com história clínica de SINC, com resposta positiva ou negativa à MPP, e em indivíduos saudáveis. Métodos: Foram estudados 51 indivíduos, divididos em 3 grupos, sendo 16 positivos, 18 negativos e 17 saudáveis. Os ML usam algoritmos nos domínios do tempo (DT) e da frequência (DF) (Transformada rápida de Fourier), e os MNL usam alogarítmos da entropia amostral (SampEn) m=2 e r= 20%. Foram analisados 2 momentos: Pré-Tilt (posição supina; trechos com 1000-1500 pontos) e Tilt pré-síncope (70º de inclinação; trechos com 1000-1500 pontos; anteriores à síncope), sendo estudados os mesmos momentos para o grupo controle. Resultados: Não foram encontradas diferenças estatísticas entre os grupos TTP, TTN e Controle para os parâmetros: Idade (anos), Peso (kg), Altura (m) e IMC (kg/m2), pressão arterial sistólica (PAS), pressão arterial diastólica (PAD), frequência cardíaca (FC) e frequência respiratória. Na análise VFC por meio de ML no DT e DF, no momento Pré-Tilt e Tilt pré-síncope, não foi encontrada diferenças estatísticas 8 entre os grupos TTP, TTN e Controle para os parâmetros Mean-iRR(ms), SDiRR(ms), RMSSD(ms), LF(un) (ms2), HF(un) (ms2) e LF/HF. Comparando-se os momentos Pré-Tilt vs Tilt nos grupos TTP, TTN e Controle (análise intra-grupo) observamos diferenças significantes para as variáveis: Mean-iRR(ms), SD-iRR(ms), RMSSD(ms), LF(un), HF(un) (ms2) e LF/HF. Houve na análise da VFC por MNL (SampEn) no grupo Controle, redução significativa dos valores entre as fases Pré-Tilt vs Tilt (2,19 ± 0,40 vs 1,68 ± 0,50, p = 0,001). Houve em ambos os grupos (TTP, TTN e Controle) aumento significativo do LF-PAS, quando comparamos as fases Pré-Tilt vs Tilt (TTP: 6,72 ± 5,67 vs 13,03 ± 10,759 mmHg2, p = 0,001; TTN: 7,25 ± 4,22 vs 13,42 ± 8,62 mmHg2, p = 0,013; Controle: 5,99 ± 2,20 vs 23,07 ± 6,26 mmHg2, p < 0,0001). Além disso, evidenciaram-se maiores valores, estatisticamente significantes, quando comparamos os grupos Controle vs TTP no momento Tilt (23,07 ± 6,26 vs 13,03 ± 10,59 mmHg2, p < 0,001) e Controle vs TTN no momento Tilt (23,07 ± 6,26 vs 13,42 ± 8,62 mmHg2, p < 0,001). Houve em todos os grupos redução significativa da SBR, quando comparamos as fases Pré-Tilt vs Tilt (TTP: 30,22 ± 15,67 vs 13,16 ± 6,08 ms/mmHg, p < 0,0001; TTN: 22,98 ± 11,23 vs 11,55 ± 3,34 ms/mmHg, p < 0,0001; e Controle: 26,75 ± 6,94 vs 12,25 ± 3,88 ms/mmHg, p < 0,0001). Além disso, no grupo TTP e Controle, houve redução significativa dos valores do índice de efetividade barorreflexa (BEI) entre as fases Pré-Tilt vs Tilt (0,50 ± 0,15 vs 0,40 ± 0,13, p = 0,033) e (0,54 ± 0,07 vs 0,46 ± 0,16, p =0, 030) respectivamente. Conclusões: os achados do presente estudo permitiram as seguintes conclusões: 1- a VFC, com métodos lineares (domínios do tempo e frequência) e não lineares (Entropia Amostral), bem como a VPAS (domínios do tempo e da frequência) e a SBR não documentaram nas fases Pré-Tilt e Tilt pré- síncope (fase de estabilidade das variáveis, após a mudança postural até momento anterior ao aparecimento dos pródromos ou da síncope), diferenças estatísticas entre os 2 grupos de pacientes adultos e com história altamente sugestiva de SINC, como doença isolada, com Tilt-test positivo e negativo; 2- o grupo Controle saudável somente foi diferente dos grupos TTP e TTN no parâmetro LF da VPAS; a importância fisiológica desse achado é de difícil explicação, porque não existem na 9 literatura, para esse parâmetro, valores normais da média e dos intervalos de confiança.
  • DOI: 10.11606/T.17.2018.tde-24042018-171611
  • Editor: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP; Universidade de São Paulo; Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto
  • Data de criação/publicação: 2017-08-28
  • Formato: Adobe PDF
  • Idioma: Português

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