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Potes, Pratos e Contatos Culturais: Práticas Alimentares na Núbia durante o Reino Novo (c. 1.550-1.070 a.C.)

Lemos, Rennan; Frizzo, Fábio

Mare Nostrum; Vol. 10 No. 1 (2019); 93-114

Universidade de São Paulo. Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas 2019-04-09

Acesso online

  • Título:
    Potes, Pratos e Contatos Culturais: Práticas Alimentares na Núbia durante o Reino Novo (c. 1.550-1.070 a.C.)
  • Autor: Lemos, Rennan; Frizzo, Fábio
  • Assuntos: Ancient Nubia; Ancient Egypt; Ceramics; Imperialism; Consubstantiality; Núbia Antiga; Egito Antigo; Cerâmica; Imperialismo; Consubstancialidade
  • É parte de: Mare Nostrum; Vol. 10 No. 1 (2019); 93-114
  • Descrição: Até recentemente, a literatura especializada na Núbia do Reino Novo (1.550-1.070 a.C.) enfatizava a egipcianização das populações núbias, isto é, a adoção, quase que completa, de práticas culturais egípcias por tais populações. Nuanças desse tipo de abordagem incluíam identificar focos de resistência especialmente por parte dos chefes núbios, que escolheriam se egipcianizar como forma de obter, entre outras coisas, poder e prestígio. Hoje em dia, pelo contrário, novas pesquisas e escavações no Sudão, em sítios que datam do Reino Novo, estão revelando interações mais complexas entre as culturas egípcias e núbias no cotidiano dessas populações. Tais interações materializavam-se, entre outros tipos de objetos, em potes e pratos associados aos atos de armazenar, preparar e servir comida encontrados em sítios urbanos, sobretudo na Alta Núbia. Este artigo busca analisar as interações entre egípcios e núbios com base na coleção cerâmica produzida por escavações em diferentes sítios do Sudão e em dados bioarqueológicos relativos à dieta dessas populações à luz de uma teoria da consubstancialidade das relações de gênero, raça e classe. O objetivo é demonstrar como práticas culturais tão enraizadas como preparar, servir e consumir alimentos são difíceis de serem modificadas e guardam, portanto, um potencial de resistência cultural frente à imposição imperial de determinados costumes.
    Until recently, scholars approached New Kingdom Nubia (1.550-1.070 BC) on the grounds of the ‘Egyptianization’ perspective, which considers that local populations in Nubia adopted Egyptian cultural practices. More nuanced views of Nubia in this period included the identification of resistance foci, especially in the case of Nubian chiefs that would have chosen to ‘Egyptianize’ themselves as a way to obtain power and prestige. On the other hand, current research and fieldwork in Sudan are uncovering a more complex set of cultural interactions between Egyptians and Nubians. These interactions were materialised in objects such as pots and dishes associated with storing, preparing and serving food. These pottery assemblages come from several sites across Sudan, both in Lower and Upper Nubia. This paper aims to analyse the interactions between Egyptians and Nubians based on the pottery assemblages produced by excavations at different New Kingdom sites in Sudan, as well as bioarchaeological data related to the health and diet of Nubian populations. The topic will be approached through the lens of the consubstantiality of gender, race and class relationships. The paper aims to demonstrate how deep-rooted cultural practices such as foodways cannot be so easily changed. Therefore, foodways are representative of culture resistance in a context of imperial impositions.
  • Títulos relacionados: https://www.revistas.usp.br/marenostrum/article/view/156704/152227
  • Editor: Universidade de São Paulo. Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas
  • Data de criação/publicação: 2019-04-09
  • Formato: Adobe PDF
  • Idioma: Português

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