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DOIS ARGUMENTOS PELO CONHECIMENTO SOBRE A CIÊNCIA NO ENSINO DE CIÊNCIAS: POR UMA CONTRAIDEOLOGIA DO CONFLITO E UM METACONHECIMENTO PODEROSO

Moreira, André Batista Noronha

Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP; Universidade de São Paulo; Ensino de Ciências (Física, Química e Biologia) 2018-09-12

Acesso online. A biblioteca também possui exemplares impressos.

  • Título:
    DOIS ARGUMENTOS PELO CONHECIMENTO SOBRE A CIÊNCIA NO ENSINO DE CIÊNCIAS: POR UMA CONTRAIDEOLOGIA DO CONFLITO E UM METACONHECIMENTO PODEROSO
  • Autor: Moreira, André Batista Noronha
  • Orientador: Gurgel, Ivã
  • Assuntos: Ensino De Ciências; História Da Ciência; Filosofia Da Ciência; Natureza Da Ciência; Teoria De Currículo; Curriculum Theory; History Of Science; Nature Of Science; Philosophy Of Science; Science Teaching
  • Notas: Tese (Doutorado)
  • Descrição: Apresentamos e discutimos neste trabalho dois argumentos, provindos de obras de dois dos principais teóricos de currículo, Michael Apple e Michael Young, em defesa do conhecimento sobre a ciência no ensino de ciências. Depois de um resgate histórico acerca do reconhecimento da importância da história e filosofia da ciência no ensino de ciências, retomamos as críticas de natureza filosófica à chamada visão consensual da natureza da ciência. Insistimos que a distância entre o debate sobre a natureza da ciência no ensino de ciências e suas críticas mantém-se longe de debates de natureza social, política e curricular, e apontamos para a necessidade de um papel político para a história e filosofia da ciência na educação científica. Afirmamos que isto significa terem um papel na resistência e combate a processos mais amplos ao ensino de ciências, como o processo de mercantilização da educação e da ciência e às ondas de valorização e desvalorização ideológica da ciência. Primeiro, com base em apontamentos da teoria crítica de currículo e em obras seminais de Apple e seu conceito de conflito, advogamos que a abordagem tipo-tenets presente na visão consensual tende, por sua forma, a ser convidativa a políticas de avaliações padronizadas, guiadas pelas ideologias neoliberal e cientificista-positivista, coadjuvantes a políticas educacionais mercantilizantes. Argumentamos, pois, que a história da ciência e o conceito de conflito devem ser entendidos como uma contraideologia do conflito às ideologias neoliberal e cientificista-positivista, emergindo seus papeis políticos de resistência aos processos de mercantilização da educação. Segundo, apoiados em obras recentes de Young e seu conceito de conhecimento poderoso, defendemos que o conteúdo da visão consensual flerta demasiadamente com visões subjetivistas, ressonantes a defesas relativistas epistêmicas pós-modernas. Assim, argumentamos que a filosofia da ciência, balizada por uma visão realista estrutural social, deve ser entendida como um metaconhecimento poderoso, proposição conceitual baseada naquela de Young, contra o relativismo epistêmico e políticas curriculares localistas que excluem a ciência. A natureza política deste argumento evidencia-se no fato de que tal exclusão viola princípios de equidade e de justiça social, traduzidos no apelo de garantia mínima acesso educacional irrestrito, amplo e efetivo a conhecimentos poderosos. Por fim, discutimos tensões entre os argumentos propostos, ponderações nas abordagens consideradas, e apontamos para desenvolvimentos futuros.
  • DOI: 10.11606/T.81.2018.tde-23112018-140829
  • Editor: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP; Universidade de São Paulo; Ensino de Ciências (Física, Química e Biologia)
  • Data de criação/publicação: 2018-09-12
  • Formato: Adobe PDF
  • Idioma: Português

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