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Propriedades farmacológicas do extrato da alga Liagora farinosa (Rhodophyta, Nemaliales)

Patricia Mendonça José Carlos de Freitas

1999

Localização: CEBIMAR - Centro de Biologia Marinha    (MENDONA P Mestrado ) e outros locais(Acessar)

  • Título:
    Propriedades farmacológicas do extrato da alga Liagora farinosa (Rhodophyta, Nemaliales)
  • Autor: Patricia Mendonça
  • José Carlos de Freitas
  • Assuntos: ALGAS MARINHAS; PRODUTOS NATURAIS; FARMACOLOGIA MARINHA
  • Notas: Dissertação (Mestrado) apresentada ao Instituto de Biociências da Universidade de São Paulo para a obtenção do título de Mestre em Fisiologia
    Dissertação (Mestrado)
  • Descrição: Liagora farinosa é uma alga vermelha calcária encontrada em São Sebastião, litoral norte do EStado de São ao longo do ano. O interesse pelo estudo desta alga teve como ponto de partida as observaçõs na natureza, através das quais verificou-se aausência de organismos epibiontes associados à mesma; um indicador da presença de substâncias defensivas em sua composição.As algas foram homogeneizadas em matanol, o homogeneizado filtrado, concentrado a vácuo e submetido à partição comdiclorometano obtendo-se as frações polar e apolar. O estudo da atividade anti-inflamatória do extrato revelou que tanto a fração polar como a apolar possuem substâncias ativas capazes de inibir a inflamação tópica em orelha de camundongo. Omecanismo de ação proposto para esta atividade é a inibição da enzima fosfolipase 'A IND.2'('PLA IND.2'), que nos experimentos in vitro foi inibida por ambas as frações do extrato. Esta enzima está relacionada a doenças de pele, como a psoríase,onde altas quantidade de 'PLA IND.2' são ativadas e, desta forma o extrato poderia ter um papel terapêutico importante. A avaliação da toxicidade aguda através de administrações orais e injeções intraperitoniais, em camundongos, mostrou quequando as frações são administradas oralmente não ocasionam sintomas de intoxicação nos animais, porém, quando injetadas intraperitonialmemte levam os animais à morte, indicando que esta via é a mais eficaz. A fim de descobrir possíveis causaspara a morte dos
    animais, foram realizados experimentos de neurotoxicidade em nervos de siri onde observou-se que ambas as frações do extrato ocasionaram diminuição da amplitude e bloqueio dos potenciais de ação, além de provocar despolarizaçãoda membrana, revelando a presença de uma ou mais substâncias neurotóxicas. Nos ensaios hemolíticos ambas as frações provocaram hemólise em eritrócitos de camundongo, sendo a fração apolar mais eficaz. Os fosfolipidios de membrana: ) esfingomielina e fosfatidicolina foram incubados com a fração apolar do extrato, e agiram como aceptores da hemolisina. A inativação da hemolisina do extrato e subsequente teste em nervo de siri revelou que os efeitos hemolíticos eneurotóxicos são devidos a mesma substância. Tais resultados indicam que o extrato da alga apresenta substâncias que podem levar à letalidade por paralisia respiratória, devido a um bloqueio da condução no nervo frênico e conseqüente ausência deestimulação do músculo diafragma, que também foi comprovado através da preparação neuromuscular frênico-hemidiagragma. Além disso, nos testes sobre o desenvolvimento de ovos de ouriço, ambas as frações mostraram-se ativas na inibição dasdivisões celulares, mostrando que esta atividade deve estar relacionada com o impedimento da duplicação nuclear na fase G2, que envolve a duplicação de ácidos nucléidos e a síntese protéica. A ultrafiltração da fração apolar do extrato demostrouque substâncias com peso molecular inferior a 500 Da são
    responsáveis pela atividae anti-inflamatória tópica em camundongos e inativação da enzima 'PLA IND.2' in vitro, concordando com os dados da literatura que mostram que substâncias isoladasde L.farinosa (P.M. 300 Da) inibem em 100% a atividade enzimática da 'PLA IND.2'. A atividade hemolítica foi detectada no retido e a atividade anti-mitótica no retido e ultrafiltrado, indicando que a fração apolar possui outras substânciasativas de diferentes pesos moleculares. Portanto, este trabalho revela a presença de substâncias ativas, polares e apolares, ainda desconhecidas, com possíveis efeitos terapêuticos e tóxicos no extrato da alga rodoficea L.farinosa
  • Data de criação/publicação: 1999
  • Formato: 101 p.
  • Idioma: Português

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