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"Guerra de posição" e hegemonia do grupo católico a implantação do ensino religioso nas escolas públicas brasileiras

Rogério Garcia Antônio Joaquim Severino

2004

Localização: FE - Faculdade de Educação    (T 375.6 G216g )(Acessar)

  • Título:
    "Guerra de posição" e hegemonia do grupo católico a implantação do ensino religioso nas escolas públicas brasileiras
  • Autor: Rogério Garcia
  • Antônio Joaquim Severino
  • Assuntos: Gramsci, Antonio; ENSINO PÚBLICO -- BRASIL; EDUCAÇÃO RELIGIOSA -- BRASIL; IGREJA CATÓLICA -- BRASIL; HISTORIA DA EDUCAÇÃO -- BRASIL
  • Notas: Dissertação (Mestrado)
  • Descrição: Pesquisar o Ensino Religioso através dos muitos caminhos na história brasileira, para conseguir se implantar nas escolas públicas, foi a escolha para analisar o processo de construção da hegemonia da Igreja Católica. Da colônia, quando a catequização dos "selvagens" os escravizava, pela fé ou pela força, com os jesuítas alcançando influência política, poder econômico e domínio total sobre a educação e o ensino, até o presente onde a disputa pelo ensino público continua. Nas Constituições se colheram subsídios para orientar a análise das relações entre o Estado e a Igreja, bem como obras que trataram do tema. Com o método materialista histórico, se articularam diversas fontes numa convergência nuclear. No entanto o estopim para todo esse conjunto, foi a contribuição intelectual "orgânica" de um pensador marxista que muito ampliou o ferramental teórico para decodificação da complexidade das sociedades modernas. Falamos de Antonio Gramsci (1981-1937), este sardo que pela sua intensa atividade política e intelectual, nos legou um cabedal teórico valioso para muitas áreas do saber humano. Sem pedantismo ou pré-conceitos, Gramsci leu a sua realidade de uma maneira universal e atemporal. Estava certo ao afirmar que )qualquer iniciativa para tirar as massas de sua condição subalterna, teria que necessariamente passar por uma profunda revolução moral e cultural, romper aquela "mumificada cultura popular". Pelo direito constitucional a Igreja atinge as
    massas em setores que vão do nascimento à morte, do atendimento aos confinados, à benemerência, mas o de maior peso é a educação, o ensino. A Igreja, considerada mater e magistra impera solenemente nesta área. No início na década de 30, as discussões e debates sobre o Ensino Religioso ganharam vulto e contornos específicos. De um lado se instalava o grupo católico que lutava pela sua inserção na escola pública, e do outro lado se posicionava um grupo de educadores que defendiam-na como única, laica, universal etc. Pelas letras da Lei de Diretrizes e Bases para a educação nacional, se complementaria o dispositivo constitucional do Ensino Religioso na escola pública. O Ensino Religioso conseguiu se inserir na Lei, contudo não como desejavam os católicos. ) Para eles, faltava o Estado arcar com as despesas de professores e outras, além de intervir no conteúdo. Os laicistas conseguiram impedir que isso ocorresse. Esse foi o período de 1961, data da promulgação da primeira LDB. A vitória viria em 1996 quando os católicos conseguiram, em menos de um ano de promulgada a nova LDB, modificá-la no artigo que trata desse ensino. Após tantos anos de embate, através de inúmeros recursos, conseguiam os católicos, além de garantir tudo que já possuíam, obrigar o Estado a arcar com o ônus do pagamento dos professores, das despesas relativas a esse ensino, bem como ter responsabilidade com os . conteúdos e suas práticas. Pela "guerra de posição" a Igreja Católica conquistou a
    hegemonia nacional e garantiu a disseminação de sua concepção de mundo: a transcendência.
  • Data de criação/publicação: 2004
  • Formato: 119 p.
  • Idioma: Português

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