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Santa geometria: o erotismo trágico na prosa de Hilda Hilst

Leitão, Andréa Jamilly Rodrigues

Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP; Universidade de São Paulo; Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas 2022-09-02

Acesso online. A biblioteca também possui exemplares impressos.

  • Título:
    Santa geometria: o erotismo trágico na prosa de Hilda Hilst
  • Autor: Leitão, Andréa Jamilly Rodrigues
  • Orientador: Moraes, Eliane Robert
  • Assuntos: Dionisíaco; Sacrifício; Erotismo Trágico; Geometria; Hilda Hilst; Sacrifice; Geometry; Dionysian; Tragic Eroticism
  • Notas: Tese (Doutorado)
  • Descrição: Com a finalidade de contribuir para a expansão da fortuna crítica dos livros Tu não te moves de ti (1980), A obscena senhora D (1982) e Com os meus olhos de cão (1986), a presente pesquisa investiga de que modo este tríptico forja a questão do erotismo trágico em sua composição, perfazendo imagens do excesso ligadas ao ato erótico e à finitude. Parte-se aqui das formulações de Georges Bataille para compreender a ligação entre o erotismo e a consciência da morte. Sob a \"emoção extremada\" ou os \"estados extremos do homem\", o erotismo trágico implica uma força desmedida que se manifesta nos arrebatamentos dilacerantes dos protagonistas: o ciúme e o desejo incestuoso de Maria Matamoros, o autossacrifício de Tadeu e de Axelrod Silva, a cólera de Hillé e a loucura suicida de Amós Kéres. A presença da geometria em seus volumes exerce um papel fundamental no desenho da fusão erótica entres os corpos amantes, bem como na tentativa de apreensão do insondável e de entendimento do que foi vivido. Considerando que o triângulo é o modo privilegiado de representação do sagrado - cujos vértices são ocupados por Deus, o homem e o mundo -, a tese percorrerá, em seus capítulos, cada eixo relacionado na procura pelo ser divino ou, no limite, pelo outro. O primeiro focalizará o eixo pertinente à divindade, detendo-se nos mecanismos que proporcionam a \"sagrada ubiquidade\", ora pela via do sacrifício, ora pela do erotismo. No segundo, o ângulo se voltará para o eixo destinado ao ser humano e à voracidade dos sentimentos. A prosa hilstiana imprime um sentido humano e, por assim dizer, dionisíaco à deidade, estabelecendo um paralelo entre Jesus Cristo e Dioniso. Por fim, o terceiro se deterá sobre o vértice referente à natureza ou ao mundo. As inquietações humanas atravessam a esfera da animalidade, como expressão do núcleo da ancestralidade. Quanto à realidade instaurada pela palavra e à trajetória do escritor, as personagens assumem a demanda pelo acontecimento verbal, entendido ora na disposição ao fracasso, a partir do diálogo com os estudos de Marcel Mauss e de Bataille sobre a experiência do Potlatch; ora na dádiva de capturar a imagem de um universo unívoco e prismático nas \"mil faces\" da narrativa.
  • DOI: 10.11606/T.8.2022.tde-07022023-190930
  • Editor: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP; Universidade de São Paulo; Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas
  • Data de criação/publicação: 2022-09-02
  • Formato: Adobe PDF
  • Idioma: Português

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