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Escrita, autoria e(m) gêneros discursivos: o ensino de Língua Portuguesa como espaço para a constituição do autor

Teixeira, Rita De Cássia Constantini

Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP; Universidade de São Paulo; Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirão Preto 2015-09-22

Acesso online. A biblioteca também possui exemplares impressos.

  • Título:
    Escrita, autoria e(m) gêneros discursivos: o ensino de Língua Portuguesa como espaço para a constituição do autor
  • Autor: Teixeira, Rita De Cássia Constantini
  • Orientador: Pacifico, Soraya Maria Romano
  • Assuntos: Sujeito; Interpretação E Autoria; Gêneros Discursivos; Educação; Discurso; Discourse Genres; Discourse; Interpretation; Subject; Authorship
  • Notas: Dissertação (Mestrado)
  • Descrição: Este trabalho tem a finalidade de interpretar e problematizar, a partir de dois gêneros discursivos, a carta argumentativa e o artigo de opinião, o modo como os sujeitos-alunos assumem, ou não, a autoria para produzi-los. Neste trabalho não se pretende teorizar os gêneros e transformá-los em conteúdos escolares, mas, sim, analisar como o processo de escrita e autoria dos diferentes gêneros discursivos é construído, segundo as orientações do material escolar e das práticas pedagógicas de ensino. Para isso, observamos os gestos interpretativos de sujeitos-alunos, especificamente do Ensino Fundamental, ciclo II, 6º e 9º anos, de uma escola pública da região de Ribeirão Preto-SP. Adotamos os postulados Sócio-Históricos do Letramento e, também, as contribuições da Análise do Discurso Pecheuxtiana. Com base nessa fundamentação teórica, sabemos que os sentidos não são neutros, tampouco a metodologia adotada. Construir condições para a assunção da autoria tem implicações teórico-metodológicas, as quais reclamam gestos de interpretação do analista do discurso. É a partir dessa posição discursiva que analisamos as produções escritas pelos sujeitos-alunos a fim de observar se eles ocupam a posição discursiva de autor na escrita dos gêneros discursivos em questão. Privilegiar o início e o fim do II Ciclo do Ensino Fundamental pode contribuir para refletirmos sobre o modo como a escola trabalha leitura, interpretação e produção de textos nesse período escolar que, a nosso ver, sustentará a relação que o sujeito-aluno construirá com a leitura e a escrita ao longo dos anos escolares e, talvez, para além da escola. As análises das produções textuais apontam um movimento dos sujeitos para a assunção da autoria, pois entendemos que os sujeitos-alunos autorizaram-se a construir argumentos para defender seus pontos de vista, por meio de mecanismos de convencimento que funcionaram e sustentaram os textos produzidos. Apesar de a escola trabalhar os gêneros como se fossem moldes, fora de uma situação social, de fato, razão de ser dos gêneros discursivos, podemos dizer que os sujeitos-alunos arriscaram-se na construção dos enunciados aproveitando a liberdade da escrita, mesmo que não seja para produzir o gênero discursivo solicitado pela professora, mas, mesmo assim, ocuparam a posição discursiva de sujeito-autor, compreendendo a escrita como uma prática social, e não apenas como uma atividade escolar presa às formas conteudistas e aos componentes estruturais de um determinado gênero discursivo.
  • DOI: 10.11606/D.59.2015.tde-06012022-151540
  • Editor: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP; Universidade de São Paulo; Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirão Preto
  • Data de criação/publicação: 2015-09-22
  • Formato: Adobe PDF
  • Idioma: Português

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