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Comportamento forrageiro de Atta sexdens L. em relação a folhas de Coffea L. e alguns de seus constituintes químicos

Paulo Affonso Maria Luiza Faria Salatino

2002

Localização: IB - Instituto de Biociências    (D-925 ) e outros locais(Acessar)

  • Título:
    Comportamento forrageiro de Atta sexdens L. em relação a folhas de Coffea L. e alguns de seus constituintes químicos
  • Autor: Paulo Affonso
  • Maria Luiza Faria Salatino
  • Assuntos: SAÚVA; COMPORTAMENTO ALIMENTAR; CAFÉ
  • Notas: Tese (Doutorado)
    Tese (Doutorado) -- Instituto de Biociências da Universidade de São Paulo
  • Descrição: Atta sexdens L. (saúva) é um dos principais herbívoros da região neotropical. Coletam grandes quantidades de material vegetal para cultivo de seu fungo. A seleção do material a ser coletado parece ser influenciada por um conjunto de fatores que podem ser tanto físicos, como a presença de tricomas, quanto químicos, como so metabólicos secundários. São praticamente inexistentes trabalhos que enfoquem o ataque de Atta ssp. a Coffea arabica, a espécie de café mais cultivada. Esses danos têm sido observados, entretanto, em várias outras, como por exemplo, Coffea salvatrix. Neste trabalho foi avaliada a influência tanto das folhas íntegras quanto de alguns dos componentes de quatro espécies de Coffea a saber, C. arabica, C. canephora, C. racemosa e C. salvatrix e de 7 híbridos de C. arabica x C. racemosa, através de bioensaios do tipo "Pick up". Discos foliares de todos os materiais foram oferecidos a quatro colônias de Atta para avaliar a influência dessa parte da planta no forrageamento das formigas. O controle foi feito com Acalypha wilkesiana. O teste foi encerrado quando a '30 GRAUS' disco de controle ou do tratamento era coletado. Foram realizadas 2 repetições por dia para cada colônia, durante 3 dias consecutivos. Os discos de C. arabica, C. canephora e C. salvatrix foram os mais evitados pelas formigas, enquanto que na maioria dos indivíduos de C. racemosa notou-se uma preferência das saúvas em vários bioensaios. Os híbridos na sua maioria mostraram-se muito
    semelhantes ao do parental C. arabica, quanto ao poder dissuasor de suas folhas. Deve-se notar que os três indivíduos de C. salvatrix analisados tiveram um comportamento diferente daquele previamente relatado na literatura. A cera epicuticular das folhas, por ser a camada mais externa dos vegetais está em contato direto com os fatores ambientais. A influência das ceras brutas sobre o comportamento forrageiro das formigas cortadeiras foi avaliana no presente trabalho. A influência da fração de n-alcanos que foi o principal constituinte da cera também avaliada. A extração da camada cerosa foi feita com rápida lavagens da superfície foliar com clorofórmio e para a separação dos n-alcanos utilizou-se cromatografia em coluna e em camada delgada com diferentes fases móveis. Para a identificação do n-alcanos utilizou-se um cromatógrafo a gás acoplado ao espectrômetro de massas. Foram encontrados 3 perfis para os n-alcanos. O primeiro apresentando como principal homólogo C29 seguido por C31 em C. arabica e C. canephora. Outro padrão caracteriza C. salvatrix com moda em C31 seguida por C29. O terceiro padrão corresponde a C. racemosa com C31 como principal constituinte seguido por C29 e pequenas concentrações de C33. Seis híbridos analisados mostram um padrão de n-alcanos semelhantes ao de C. arabica e um híbrido semelhante a C. racemosa. As frações a serem testadas nos bioensaios foram adsorvidas em flocos de arroz desengordurados com clorofórmio na
    proporção de 0,5% (p/p). O teste seguiu o mesmo procedimento daquele utilizado para os discos foliares. Para controle foram utilizados apenas os flocos de arroz. As ceras epicuticulares de C. arabica e C. canephora mostram elevada dissuasão, ao contrário de C. racemosa e C. salvatrix cuja dissuasão foi baixa. Os resultados para as ceras de C. salvatrix está conflitante com aquele obtido para suas folhas. Todos os híbridos apresentam dissuasão, mas com índices muito diferentes entre si. As frações de n-alcanos mostram-se na maioria das vezes muito menos dissuasoras do que suas respectivas ceras. Não foi encontrada correlação entre as diferenças dos comprimentos das cadeias carbônicas e a seletividade das saúvas. A cafeína é, provavelmente, o cosntituinte foliar de Coffea com os mais expressivos efeitos biológicos. Neste trabalho foi avaliada a importância da cafeína no forrageamento de Atta, bem como a do ácido clorogênico, um metabólico secundário muito comum nos grãos de café. Os teores destes dois metabolismos foram determinadas por CLAE (cromatografia líquida de alta eficiência), nas folhas de tod0s os taxa investigados. A identificação das substâncias foi feita comparando-se os tempos de retenção e espectos no ultra-violeta com aqueles obtidos de amostras autênticas. Os teores de cafeína de C. arabica e C. canephora foram mais baixos que aqueles encontrados na literatura para estas duas espécies; não foi detectada cafeína
    nos três indivíduos de C. racemosa analisados; C. salvatrix apresentou conentrações maiores que aquelas da literatura; os sete híbridos avaliados apresentaram teores muito baixos de cafeína, assemelhando-se mais ao perental C. rcemosa do que ao de C. arabica. Foram encontrados teores muito baixos de ácido clorogênico nas folhas de todos os indivífuos estudados. Flocos de arroz impregnados com cafeína nas concentrações de 0,7%, 0,5%, 0,3%, 0,1%, 0,05%, 0,02%, 0,015% e 0,01% foram usadas nos bioensaios. A cafeína manteve-se dissuasora até a concentração de 0,015%; a atividade foi notada a 0,01%. O ácido clorogênico na concentração de 0,5% se mostrou às saúvas, mas não significativo. A 2% a dissuasão foi notada, mas também não significativa
  • Data de criação/publicação: 2002
  • Formato: 131 p il.
  • Idioma: Português

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