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Evolução policíclica da infra-estrutura da porção sul do Estado de Minas Gerais e regiões adjacentes do Estado de São Paulo

Artur, Antonio Carlos

Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP; Universidade de São Paulo; Instituto de Geociências 1988-05-20

Acesso online. A biblioteca também possui exemplares impressos.

  • Título:
    Evolução policíclica da infra-estrutura da porção sul do Estado de Minas Gerais e regiões adjacentes do Estado de São Paulo
  • Autor: Artur, Antonio Carlos
  • Orientador: Kawashita, Koji
  • Assuntos: Geologia; Geologia Histórica; Minas Gerais; São Paulo; Not Available
  • Notas: Tese (Doutorado)
    Tese (Doutorado) -- Instituto de Geociências da Universidade de São Paulo
  • Descrição: Este trabalho é o resultado do estudo de uma área com cerca de 40.000 km2, localizada na região sul do Estado de Minas Gerais e regiões adjacentes do Estado de São Paulo. Objetivou-se, com a presente pesquisa, esboçar uma evolução geológica crustal para os terrenos da infra-estrutura da região considerada. Para tanto, foram efetuados mapeamento e compilação de dados geológicos, litológicos e estruturais da área enfocada, que adicionalmente foi submetida a estudos petrográficos, geocronológicos e tipologia do zircão. Os terrenos pré-cambrianos da infra-estrutura da área em foco são agrupados nos Complexos Barbacena e Guaxupé, de idades arqueanas; Complexo Amparo, de idade transamazônica; e os Complexos Pinhal e Campos Gerais, de idades brasilianas. As sequências supracrustais são relativas ao Grupo Babuí e às Formações Eleutério e Pouso Alegre, de idades brasilianas e aos Grupos São João Del Rei e Canastra, bem como ao Complexo Andrelândia/Itapira/Carrancas, referíveis ao evento transamazônico. Os terrenos da infra-estrutura apresentam evolução geológica complexa, policíclica e polifásica, com o registro de eventos tectonometamórficos ocorridos no Arqueano, no Proterozóico Inferior e Proterozóico Superior, caracterizados ao nível tanto de fenômenos de acreção vertical quanto de retrabalhamento crustal. No Arqueano a crosta foi gerada dominantemente à partir da acreção vertical, a qual foi transformada, por retrabalhamentos crustais, em granulitos, ortognaisses e migmatitos. Os primeiros compõem o Complexo Guaxupé, enquanto os ortognaisses e migmatitos, são os representantes principais do Complexo Barbacena. Os dados geocronológicos para os ortognaisses e rigmatitos, oscilam entre 3,4 e 2,4 b.a. e estão particularmente agrupados nos intervalos entre 3,0-2,9; 2,8-2,7 e 2,5-2,4 b.a. No proterozóico Inferior as litologias arquanas foram, em grande parte, modificadas atravé da acreção vertical e de ) processos deformacionais e anatéticos, dando origem ao Complexo Amparo. No primeiro grupo das modificações, incluem-se as intrusões de numerosos corpos granitóides com destaque para os corpos de São Gonçalo do Sapucaí, Cristália e Porto dos Mendes. Os retrabalhamentos crustais envolvem, pelo menos, duas fases de migmatização das litologias arquanas acompanhadas de novas fases de dobramentos e transposições. As datações geocronológicas apontam dois períodos principais de migmatização e intrusões magmáticas, enquadradas nos intervalos entre 2,2 e 2,1 b.a. e entre 1,9 e 1,8 b.a. No Proterozóico Superior ocorrem novas modificações das litologias pretéritas (arqueanas e do proterozóico inferior) tanto por acreção vertical quanto por retrabalhamentos crustais envolvendo migmatização, responsáveis pela geração do Complexo Pinhal, e cisalhamentos dúcteis e rúpteis, que induzem à geração do Complexo Campos Gerais e às Faixas de Cisalhamento Pouso Alegre/Varginha e Ouro Fino/Jacuí. A acreção vertical, muito intensa em boa parte da região considerada, é de caráter essencialmente calco-alcalino e, subordinadamente, subalcalina e alcalina, com destaque para os batólitos de Jaguariúna, Morunçaba, Socorro, Pinhal, Caldas, Pedra Branca e Mococa, entre outros. O retrabalhamento crustal é polifásico, e se caracteriza por duas fases principais de migmatização acompanhadas de dobramentos e transposições. Superpõem-se a estas duas fases, a intensa transposição referentes aos cisalhamentos dúcteis e rúpteis, que imprimem às rochas estruturas blastomiloníticas, miloníticas e ultramiloníticas. Os estudos radiométricos efetuados em migmatitos, granitóides e gnaisses blastomiloníticos, forneceram idades, aproximadas, entre 880 e 550 m.a.. A integração das observações geológicas dos terrenos de infra-estrutura em modelos geo-tectônicos, torna-se difícil para as áreas arqueanas e transamazônicas situadas fora do Craton do ) São Francisco. Este fato, deve-se a sua obliteração pelos fenômenos brasilianos que reduziram substancialmente a área de exposição de rochas com feições geológicas originais intactas. Assim, só foi possível a caracterização primária de algumas litologias que indicam a moldagem da crosta continental, tanto através de processos de acreção quanto por retrabalhamentos crustais através de deformação, metamorfismo e anatexia. A frequência e características desta litologia indicam um crescimento crustal essencialmente por acreção vertical, acompanhado de retrabalhamentos que afetam rochas, dominantemente, de pequena vivência crustal. Já para as áreas brasilianas a integração das litologias em associações mais amplas acompanhadas da caracterização de sua distribuição espacial, bem como da determinação do tipo de deformações presentes e da compartimentação tectônica regional, permite inserir a evolução crustal em modelos geotectônicos correntes. No caso da área investigada, as feições mencionadas tem muitas características em comum com áreas de colisão continental.
  • DOI: 10.11606/T.44.1988.tde-19062015-145055
  • Editor: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP; Universidade de São Paulo; Instituto de Geociências
  • Data de criação/publicação: 1988-05-20
  • Formato: Adobe PDF
  • Idioma: Português

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