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Qual é a ética da empresa ética? Contradições na vivência de trabalhadores de grandes empresas contemporâneas

Farina, Henrique Carlo

Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP; Universidade de São Paulo; Instituto de Psicologia 2015-05-25

Acesso online. A biblioteca também possui exemplares impressos.

  • Título:
    Qual é a ética da empresa ética? Contradições na vivência de trabalhadores de grandes empresas contemporâneas
  • Autor: Farina, Henrique Carlo
  • Orientador: Sato, Leny
  • Assuntos: Análise Do Discurso; Psicologia Social; Pesquisa Qualitativa; Ética Comercial; Código De Ética; Discourse Analysis; Code Of Ethics; Business Ethics; Qualitative Research; Social Psychology
  • Notas: Dissertação (Mestrado)
  • Descrição: Este trabalho propõe um estudo crítico da ética empresarial. Para tal nos valemos de três fontes de informação: a produção acadêmica referente ao tema, nove códigos de ética fornecidos publicamente por empresas do setor bancário e a realização de conversas com trabalhadores de grandes empresas do mesmo setor. Na análise da produção acadêmica entendemos que a melhor maneira de compreender a ética empresarial é vê-la como inserida num jogo de forças, onde o poder de barganha de cada um dos envolvidos e afetados pela atuação empresarial (clientes, acionistas, trabalhadores, sociedade, etc.) exerce força para adoção de padrões éticos mais, ou menos, exigentes. Da leitura crítica dos materiais de ética empresarial, verificamos diversos pontos na prática da ética empresarial que mereciam ser mais detidamente analisados: a promoção de valores que privilegiam a empresa em detrimento de outros envolvidos por suas ações; a atribuição das exigências éticas a instâncias abstratas, a tendência a mesclar as figuras do empresário e do trabalhador, encobrindo conflitos de interesse, o privilégio da normatividade em contraposição à ética como reflexão e a interferência da empresa em aspectos da vida pessoal do trabalhador. Nas conversas com trabalhadores verificamos que a maioria dos pontos anteriormente identificada era, de fato, vivenciada como conflituosa. Encontramos uma variedade de ações que, segundo nossa definição, se configuravam como transgressões à ética, a maioria se enquadrando em dois dos principais tipos de transgressão. A primeira, em que práticas lesam o cliente em privilégio da empresa e do funcionário. E a segunda, em que o funcionário é lesado em benefício da empresa. Concluímos que o jogo de forças segundo o qual optamos compreender a ética empresarial se encontra deslocado em benefício da empresa. Também notamos que a opção por não tomar parte em práticas que transgridem a ética é algo prejudicial ao trabalhador que o opta. No entanto, verificamos que a maioria dos trabalhadores, ao transgredir a ética, vivencia grande desconforto, o que demonstra que a tentativa da empresa de mudar o ser do trabalhador não foi eficiente, estando esses mais atrelados aos valores de justiça e reciprocidade, que aos valores que privilegiam a empresa. Tal constatação demonstra que a figura do cidadão, embora enfraquecida, não foi totalmente apagada e aponta para a possibilidade da construção de um agir mais ético no trabalho
  • DOI: 10.11606/D.47.2015.tde-13072015-163232
  • Editor: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP; Universidade de São Paulo; Instituto de Psicologia
  • Data de criação/publicação: 2015-05-25
  • Formato: Adobe PDF
  • Idioma: Português

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