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Objeto Museal e Autenticidade: Materialidade In(di)visível  

Ikeda, Helen Rose Takahashi

Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP; Universidade de São Paulo; Museologia 2021-01-28

Acesso online. A biblioteca também possui exemplares impressos.

  • Título:
    Objeto Museal e Autenticidade: Materialidade In(di)visível  
  • Autor: Ikeda, Helen Rose Takahashi
  • Orientador: Faria, Dalva Lucia Araujo de
  • Assuntos: Objeto Museal; Autenticidade; Colorantes; Aquarela; Espectroscopia Raman; Museal Object; Authenticity; Colorants; Watercolor; Raman Spectroscopy
  • Notas: Dissertação (Mestrado)
  • Notas Locais: Programa de Pós-Graduação Interunidades em Museologia
  • Descrição: O conceito de Autenticidade no campo da Museologia abarca aspectos multifacetados a serem considerados no estudo do bem cultural. O processo de Musealização da coisa em si para se tornar no Objeto Museal deveria estar fundamentada na materialidade do objeto, fonte de inúmeros subsídios enriquecedores para abordagem conceitual, formal e estética do bem cultural. Nesta Dissertação, a caracterização da materialidade revelou marcadores cronológicos (impressões digitais únicas) historicamente consistentes com o papel e tinta de duas aquarelas, uma atribuída ao artista Paul Klee e a outra de Paulo Cláudio Rossi Osir (1921). As pesquisas foram realizadas utilizando técnicas de análises físico-químicas (Micrografias, SEM-EDS, XRF e Microscopia Raman) e os resultados experimentais identificaram substâncias químicas presentes na aquarela atribuída a Paul Klee, tintas, extenders e cargas, todos compatíveis com o período analisado (meados do século XX): os pigmentos azul ultramar, azul da Prússia, amarelo de cromo, preto carvão, vermelho PR4 e os corantes alizarina e verde de malaquita. Corroborando estas informações, a composição fibrosa do papel da obra é exclusivamente fibras de algodão. No caso da aquarela de Osir, foram identificados tintas, extenders e cargas, também todos compatíveis com o período (1921): azul ultramar, azul de cobalto, azul cerúleo, azul da Prússia, ocre vermelho, e outros subsídios que não puderam ser investigados em profundidade, devido à pandemia de covid-19, que restringiu os deslocamentos durante todo o ano de 2020. Nesta segunda aquarela, a complexidade e heterogeneidade das tintas, como a presença de espinélio (MgAl2O4), está muito provavelmente relacionada ao método de síntese de pigmentos azuis feita por calcinação. A composição fibrosa do papel da aquarela de Osir foi identificada como mistura de algodão e gramínea (esparto). Verificou-se, portanto, que a Autenticidade de um bem cultural como testemunho documental histórico está intrinsecamente associada à sua materialidade como artefato cultural situado em um determinado tempo e espaço geográfico. Esta abordagem contribui de forma ampla e enriquecedora para o estudo da autenticidade do bem cultural , com enfoque recente e comprovadamente eficaz, substancialmente consistente dentro da cadeia operacional museológica para identificação e classificação do Objeto Museal.
  • DOI: 10.11606/D.103.2021.tde-20042021-162417
  • Editor: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP; Universidade de São Paulo; Museologia
  • Data de criação/publicação: 2021-01-28
  • Formato: Adobe PDF
  • Idioma: Português

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