skip to main content

Medicalização de crianças com queixa escolar e o núcleo de apoio à saúde da família (NASF): uma análise crítica

Lopes, Luiz Fernando

Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP; Universidade de São Paulo; Instituto de Psicologia 2013-04-05

Acesso online. A biblioteca também possui exemplares impressos.

  • Título:
    Medicalização de crianças com queixa escolar e o núcleo de apoio à saúde da família (NASF): uma análise crítica
  • Autor: Lopes, Luiz Fernando
  • Orientador: Ribeiro, Ronilda
  • Assuntos: Programa De Saúde Da Família; Fracasso Escolar; Medicalização; Psicologia Escolar; Psicologia Educacional; School Failure; Educational Psychology; Medicalization; Family Health Strategy; School Psychology
  • Notas: Dissertação (Mestrado)
  • Descrição: Esta dissertação teve por objetivo realizar uma análise crítica da medicalização no atendimento das queixas escolares que têm lugar na Estratégia Saúde da Família (ESF). A medicalização da sociedade é um processo que instala a partir de um saber científico comprometido com a visão utilitária da civilização industrial-capitalista, que pretende manter as classes subalternas engajadas na produção de riqueza material em benefício das classes dominantes. Esse controle é operacionalizado através do biopoder e da biopolítica, que deslocam as discussões político-sociais para o território médico, silenciando os tensionamentos provocados pelo embate de classes. Como a medicalização constitui uma invasão não autorizada do saber médico em todos os quadrantes sociais, essa infiltração lesiva também ocorre no campo educacional com a pretensão de eleger supostas patologias individuais como explicações para os denominados problemas de aprendizagem, menosprezando uma gama de fatores de ordem político-pedagógica que são mais frequentes e mais significativos nas vicissitudes da escolarização. Os profissionais comprometidos com uma educação libertadora, lastreada em uma abordagem emancipadora do sujeito, devem estar atentos aos processos de humilhação e exclusão social catalizados pela medicalização da educação. O serviço de saúde da família tem um papel preponderante no manejo dos casos de queixa escolar. Após a implantação do NASF esses casos parecem aumentar de forma exponencial nas Unidades Básicas de Saúde, segundo constatação do autor com base em sua própria experiência de trabalho. A partir do estreitamento das relações UBS-Escola tanto os profissionais de saúde quanto os educadores parecem não estar cientes das implicações da medicalização da queixa escolar, conforme se depreende da análise descritivo-reflexiva de três casos atendidos pela equipe NASF em que o autor trabalhou. Nesse contexto os psicofármacos surgem como elementos de grande poder simbólico-resolutivo no imaginário dos educadores e da população usuária dos serviços de saúde. A Psicologia Escolar e Educacional, articulada com os princípios de Humanização da Saúde, torna-se fundamental para que a interface Saúde-Educação seja orientada por uma práxis interdisciplinar destinada ao enfrentamento dos danos produzidos pela educação medicalizada, garantindo que o sistema educacional brasileiro e o SUS se mantenham radicalmente compromissados com a inclusão social
  • DOI: 10.11606/D.47.2013.tde-12072013-113747
  • Editor: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP; Universidade de São Paulo; Instituto de Psicologia
  • Data de criação/publicação: 2013-04-05
  • Formato: Adobe PDF
  • Idioma: Português

Buscando em bases de dados remotas. Favor aguardar.