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Estudos de mudanças conformacionais da Bothropstoxina I, uma fosfolipase A (índice 2) homóloga lisina 49 do veneno de Bothrops jaracussu, em solução e na interação com lipossomos

Arthur Henrique Cavalcante de Oliveira Richard John Ward; Larson, Roy Edward

2000

Localização: FMRP - Fac. Medicina de Ribeirão Preto    (Oliveira, Arthur Henrique C. )(Acessar)

  • Título:
    Estudos de mudanças conformacionais da Bothropstoxina I, uma fosfolipase A (índice 2) homóloga lisina 49 do veneno de Bothrops jaracussu, em solução e na interação com lipossomos
  • Autor: Arthur Henrique Cavalcante de Oliveira
  • Richard John Ward; Larson, Roy Edward
  • Assuntos: BIOQUÍMICA
  • Notas: Dissertação (Mestrado)
  • Descrição: As fosfolipases A2 (PLA2) Asp49 hidrolisam a ligação éster sn-2 de fosfolipídeos por um mecanismo catalítico dependente do Ca2+. Embora apresentem com aquelas uma similaridade na sequência de aminoácidos e na estrutura tridimencional, asPLA2s-Lys49 de serpentes americanas e asiáticas da família Viperidae, danificam membranas artificiais por um mecanismo independente do Ca2+ que não envolve a hidrólise de fosfolipídeos. Essa diferença crucial deve-se à substituição de um resíduo de ácido aspártico por um de lisina na posição 49 de sua sequência. O ácido aspártico é essencial para a ligação com o Ca2+ nas fosfolipases que apresentam atividade hidrolítica e por essa razão as PLA2s-Lys49 não se ligam a esse cofator. Entretanto, mesmo quase inativa cataliticamente, as PLA2s-Lys49 apresentam uma atividade citolítica e ainda danificam a integridade dos lipossomos de membranas sintéticas por um processo independente do Ca2+. Com o intuito de investigar o mecanismo de danificação de membranas Ca2+ independente das PLA2s-Lys49, analisaram-se mudanças na conformação da bothropstoxina I (BthTX-I), isolada do veneno de Bothrops jararacussu, em solução e na interação com lipossomos nos pHs 5,0 e 7,0. Resultados de supressão e anisotropia da emissão de fluorescência intrínseca do triptofano (ITFE) da BthTX-1 associado com estudos de "cross-linking" químico mostraram que, em solução, uma forma protéica homodimérica em pH 7,0 dissocia-se para uma monomérica em pH
    5,0. A interação da BthTX-I com lipossomos foi investigada através de liberação de marcador encapsulado, ultracentrifugação, "cross-linking" químico, fluorescência intrínseca do triptofano e transferência de energia por ressonância (TER). O aumento da carga negativa para 50% dos lipossomos aumentou a afinidade da BthTX-I para a membrana e possibilitou a liberação de 80% da calceína encapsulada em pH 7,0. A ausência de liberação de calceína e a forte ligação observada ) nos lipossomos em pH 5,0 vista por transferência de energia por ressonância e géis da ultracentrifugação mostraram que a toxina pode estar ligada na membrana em um estado inativo. Ainda, observou-se nas medidas de fluorescência intrínseca do triptofano, uma queda acentuada acompanhada por um deslocamento "blue-shift" do comprimento máximo de emissão, indicando uma mudança conformacional na proteína em pH 7,0 que resultou na atividade quase máxima de danificação dos lipossomos. Os resultados do trabalho não só demonstraram uma mudança conformacional na BthTX-I livre e ligada na membrana, como uma correlação dessa mudança com a atividade de danificação de membranas dos lipossomos, independente do Ca2+. Esses resultados corroboram com modelos cristalográficos de danificação propostos, sendo importantes para o entendimento do mecanismo de danificação de membranas identificado para as miotoxinas PLA2s-Lys49
  • Data de criação/publicação: 2000
  • Formato: 81 p.
  • Idioma: Português

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