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Mortalidade por suicídio na cidade de São Paulo: caracterização, tendências e análise de efeito idade-período-coorte (1996-2018)

Duarte, Tiago Silva Birkholz

Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP; Universidade de São Paulo; Faculdade de Saúde Pública 2022-07-07

Acesso online. A biblioteca também possui exemplares impressos.

  • Título:
    Mortalidade por suicídio na cidade de São Paulo: caracterização, tendências e análise de efeito idade-período-coorte (1996-2018)
  • Autor: Duarte, Tiago Silva Birkholz
  • Orientador: Conceição, Gleice Margarete de Souza
  • Assuntos: Tendências; Efeito De Coorte; Efeito Idade; Efeito Período; Mortalidade; Suicídio; Age Effect; Suicide; Period Effect; Mortality; Cohort Effect; Trends
  • Notas: Dissertação (Mestrado)
  • Descrição: Introdução - Globalmente, o suicídio é a causa de morte violenta mais frequente. No Brasil, a taxa de suicídio está crescendo. Para a saúde pública, é fundamental conhecer a magnitude e tendência dos suicídios para criar estratégias de prevenção, visando à diminuição desses óbitos evitáveis. Objetivo - Descrever a mortalidade por suicídio no Município de São Paulo entre 1996 e 2018, analisando tendências temporais e os efeitos independentes de idade, período e coorte de nascimento. Métodos - Foram calculadas taxas de mortalidade por suicídio brutas, específicas e padronizadas por idade. A mortalidade proporcional foi descrita segundo sexo, idade, raça/cor, escolaridade, estado civil, meios utilizados, regiões de residência e períodos. Modelos lineares generalizados foram ajustados para avaliar a tendência temporal do suicídio segundo sexo, idade e meios utilizados e estimar a Variação Percentual Anual das taxas. Análises de idade-período-coorte estratificadas por sexo foram realizadas para estimar separadamente os efeitos do tempo calendário, da idade e da coorte de nascimento sobre o suicídio. Resultados - Foram registrados 11.204 óbitos por suicídio no período. A taxa de mortalidade por suicídio foi de 5,2 óbitos (por 100 mil habitantes), e a razão de taxas entre sexos foi de 3,7. A região Centro apresentou a maior taxa, e a região Sul, a menor. Em ambos os sexos, as taxas por enforcamento, envenenamento e precipitação cresceram no período, e as por meios não especificados tiveram queda. Para os homens, o meio mais comum utilizado foi o enforcamento, independentemente de idade, estado civil, escolaridade, raça/cor ou período. O uso das armas de fogo foi o segundo mais frequente, mas as taxas por esse meio tiveram queda de -11,3% ao ano (IC 95% -15,7 : -6,6) até 2001, crescimento de 4,9% (IC 95% 0,4 : 9,6) até 2006 e queda de -5,6% (IC 95% -7,4 : -3,7) até 2018. Não foi identificada tendência nas taxas de homens de 10 a 19 anos (p = 0,74). Em homens adultos, houve tendência de queda de -5,6% ao ano (IC 95% -7,3 : -4,0) até 2002, crescimento de 2,6% (IC 95% 1,7 : 3,5) até 2012 e queda de -3,1% (IC 95% -4,7 : -1,5) até 2018. Em homens idosos, houve tendência de queda de -2,8% (IC 95% -4,1 : -1,5) até 2012, seguida de crescimento de 4,6% (IC 95% 0,8 : 8,5). Em homens adultos e idosos, foram identificados efeitos significativos de idade e período, mas não de coorte de nascimento. Para as mulheres, enforcamento, envenenamento e precipitação foram os meios mais comuns, e os suicídios por armas de fogo caíram -6,6% (IC 95% -9,0 : -4,1) em todo o período. Houve tendência de queda de -4,2% (IC 95% -6,9 : -1,4) nas mulheres da faixa de 10 a 19 anos e de - 1,1% (IC 95% -2,1 : -0,1) nas demais faixas até 2008. Idosas tiveram queda permanente nas taxas. Nas mulheres de 10 a 59 anos, as taxas cresceram 8,7% (IC 95% 5,3 : 12,3) entre 2008 e 2012. Houve queda no período final de -1,1% (IC 95% -2,1 : -0,1) nas mulheres de 10 a 39 anos e de -9,4% (IC 95% -13,2 : -5,6) nas de 40 a 59 anos. Em mulheres adultas, houve efeitos de idade, período e coorte, com crescimento linear no risco de suicídio a partir das gerações nascidas após 1970. Em mulheres idosas, houve efeitos significativos apenas de idade. Conclusões - Em geral, houve uma queda no suicídio de homens e mulheres. Homens idosos são o único grupo etário com tendência recente de crescimento. Além destes, as populações com maior risco atualmente são as mulheres entre 20 e 39 anos, bem como as nascidas após 1970. Suicídios por armas de fogo tiveram expressiva redução após mudança legislativa dos anos 2000. Recomenda-se mais pesquisas na área da epidemiologia do suicídio no Brasil, considerando a subnotificação desse tipo de óbito e o crescimento de suas taxas no país.
  • DOI: 10.11606/D.6.2022.tde-26072022-134753
  • Editor: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP; Universidade de São Paulo; Faculdade de Saúde Pública
  • Data de criação/publicação: 2022-07-07
  • Formato: Adobe PDF
  • Idioma: Português

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