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A fotografia além da ilustração Malta e Nicolas construindo imagens da reforma educacional no Distrito Federal (1927-1930)

Rachel Duarte Abdala Diana Gonçalves Vidal

2003

Localização: FE - Faculdade de Educação    (T 371.42 A135f )(Acessar)

  • Título:
    A fotografia além da ilustração Malta e Nicolas construindo imagens da reforma educacional no Distrito Federal (1927-1930)
  • Autor: Rachel Duarte Abdala
  • Diana Gonçalves Vidal
  • Assuntos: FOTOGRAFIA DOCUMENTÁRIA (EDUCAÇÃO) -- 1927-1930; REFORMA DO ENSINO -- 1927-1930 -- DISTRITO FEDERAL; HISTORIA DA EDUCAÇÃO -- 1927-1930 -- DISTRITO FEDERAL
  • Notas: Dissertação (Mestrado)
  • Descrição: Esta pesquisa teve por objetivo analisar as imagens fotográgicas geradas durante a reforma educacional realizada por Fernando de Azevedo entre 1927 e 1930, no Distrito Federal, procurando perceber o modo como a renovação escolar foi representada pela produção de dois fotógrafos - Augusto Malta e Nicolas Alagemovits - , bem como a alteridade de expressão entre esses dois olhares. Augusto Malta e Nicolas Alagemovits foram os fotógrafos responsáveis pelos registros de imagens da renovação escolar expressa nas novas edificações e nas práticas educacionais. Entretanto, apesar do objetivo comum de documentar a gestão de Fernado de Azevedo à frente da Diretoria Geral de Instrução Pública, diferenciavam-se em função da autoria, da expressão e da temática. Malta, fotógrafo oficial da prefeitura, utilizava frequentemente o enquadramento frontal e registrava principalmente eventos, como a visita de autoridades às escolas e aspectos das práticas escolares. Nicolas, fotógrafo autônomo e prestigiado no meio artístico, apresentava uma estética diferente. Ressaltava o contraste e deslocava o enquadramento da frontalidade, buscando sempre a diagonalidade. Seus registros da reforma restringiram-se às novas edificações escolares. A produção de imagens fotográficas engendra uma determinada percepção fotográfica, constituída pelo olhar do fotógrafo, pelo desejo do contratante e por fatores técnicos e históricos. Nesse sentido, esta pesquisa visou investigar os
    motivos que levaram o Diretor Geral de Instrução Pública a contratar um segundo fotógrafo para registrar a renovação dos prédios escolares, apesar de já ter a garantia de que o empreedimento seria devidamente registrado pelo fotógrafo da prefeitura. Admitindo a linguagem fotográfica como produtora de um discurso específico, é possível perceber sua vinculação à linguagem verbal e à propagação de ambas no intuito de construir uma imagem positiva da reforma. Desse modo, procurou-se investigar a construção de discursos por meio da articulacão entre a prática fotográfica, pautada na subjetividade do fotógrafo, e a conseqüente apropriação dessas imagens. O jogo entre a produção e a apropriação dessas imagens é também objeto dessa pesquisa. A utilização do recurso fotográfico na produção de imagens insere-se no âmbito das estratégias estabelecidas pelo corpo administrativo responsável por organizar e renovar a educação pública municipal. Ao serem colocadas em circulação, essas imagens foram apropriadas, tanto por Azevedo, na divulgação da reforma na imprensa, quanto pelos jornais, na construção do discurso jornalístico, subvertendo os objetivos inscritos em sua produção por meio de táticas de apropriação
  • Data de criação/publicação: 2003
  • Formato: 203 p anexos.
  • Idioma: Português
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