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Produção de forragem de capins do gênero Panicum e modelagem de respostas produtivas e morfofisiológicas em função de variáveis climáticas.

Moreno, Leonardo Simões De Barros

Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP; Universidade de São Paulo; Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz 2004-10-21

Acesso online. A biblioteca também possui exemplares impressos.

  • Título:
    Produção de forragem de capins do gênero Panicum e modelagem de respostas produtivas e morfofisiológicas em função de variáveis climáticas.
  • Autor: Moreno, Leonardo Simões De Barros
  • Orientador: Pedreira, Carlos Guilherme Silveira
  • Assuntos: Capins; Morfologia Vegetal; Forragem; Fisiologia Vegetal; Climatologia; Produção Vegetal; Crop Production; Climatology; Grasses; Plant Morphology; Plant Physiology
  • Notas: Dissertação (Mestrado)
  • Descrição: A pecuária brasileira é baseada no uso de pastagens tropicais, com elevado potencial produtivo, que se beneficiam das condições ambientais favoráveis ao longo de todo o ano. Entretanto, o padrão estacional do clima, principalmente da pluviosidade, da temperatura e do fotoperíodo, determinam a maior concentração da produção de forragem nos períodos de primavera e verão. O conhecimento das respostas produtivas e morfofisiológicas das principais espécies e cultivares forrageiros à temperatura e ao fotoperíodo, na ausência de déficit hídrico, poderão permitir o desenvolvimento de modelos preditores de produção para o planejamento da atividade pecuária ao longo do ano. O presente estudo foi conduzido no Departamento de Zootecnia da ESALQ/USP em Piracicaba, SP, de dezembro de 2002 a abril de 2004, com o objetivo de gerar um banco de dados sobre as características produtivas e morfofisiológicas de capins do gênero Panicum e, a partir desses dados, desenvolver modelos que descrevessem o acúmulo de forragem e as características do dossel em função de uma variável que combina os efeitos de temperatura e fotoperíodo (a Unidade Fototérmica - UF). Foram utilizados cinco cultivares de Panicum spp. (Atlas, Massai, Mombaça, Tanzânia e Tobiatã) cortados a cada 28 (Atlas, Massai e Mombaça) ou 35 (Tanzânia e Tobiatã) dias durante o verão agrostológico (21 de setembro a 22 de março) e 49 (Atlas, Massai e Mombaça) ou 63 (Tanzânia e Tobiatã) dias durante o ‘inverno’ (23 de março a 20 de setembro), deixando-se um resíduo de 35 cm para os capins Atlas, Massai e Mombaça e 15 cm para o capim Massai. As unidades experimentais (parcelas de 10 Η 4 m) eram irrigadas para garantir ausência de déficit hídrico e adubadas com o equivalente a 250 kg N ha-1 ano-1 no ‘verão’, resultando num total anual de aproximadamente 450 kg N ha-1. O delineamento experimental foi de blocos completos casualizados com quatro repetições. Em cada corte ao longo do experimento, foi medido o acúmulo de forragem e, a partir daí, foram calculadas a produção anual de forragem, a produção de verão e a produção de inverno. Acompanharam-se semanalmente duas rebrotações de verão e, bi-semanalmente, uma rebrotação de inverno, quando foram avaliados a massa do resíduo, o acúmulo de forragem, a altura, o índice de área foliar (IAF), os ângulos foliares e a interceptação luminosa (IL) do dossel e as taxas de fotossíntese foliar dos capins, que foram utilizadas para a simulação da taxa de fotossíntese do dossel. O capim Massai produziu 30 Mg MS ha-1 ano-1, seguido dos capins Mombaça, Tanzânia e Tobiatã que acumularam 20 Mg MS ha-1ano-1 e Atlas (12 Mg MS ha-1ano-1). Durante o verão os capins Massai e Mombaça foram os mais produtivos com o acúmulo de 18 Mg MS ha-1, seguidos dos capins Tanzânia e Tobiatã com o acúmulo de 14 Mg MS ha-1 e do capim Atlas, com acúmulo de 8,5 Mg MS ha-1. Durante o inverno Massai, Tanzânia e Tobiatã acumularam 7,5 Mg MS ha-1 enquanto Atlas e Mombaça acumularam 3,7 Mg MS ha-1, o que resultou na maior estacionalidade de produção do Mombaça, com 80% da produção concentrada no verão, enquanto os demais capins apresentaram em média 70% da produção nesse período. Embora o capim Massai tenha sido o mais produtivo, suas taxas de fotossíntese de dossel foram as menores (1,08 mg CO2 m-2 s-1), o que pode estar relacionado com a maior proporção de folhas na massa de forragem. O IAF médio do Massai (2,0) foi menor que o dos demais capins (2,25 a 2,68), e a sua massa residual (4 Mg MS ha-1) foi quase a metade da média dos demais cultivares (7 Mg MS ha-1). Isso deu origem a uma menor ‘diluição’ da massa de folhas na massa total, o que fez com que a maior parte da massa de forragem fosse constituída por folhas (órgãos fotossintetizantes). Os modelos de acúmulo de forragem, acúmulo de folhas, IAF, IL e altura do dossel foram sempre diferentes entre cultivares e estações. Os modelos para acúmulo de forragem forneceram produções previstas próximas àquelas observadas, embora durante o inverno e início do verão tenham havido sub e super-estimativas, principalmente para Atlas e Tanzânia. Os modelos permitiram, todavia, a determinação do momento da rebrotação em que ocorre a máxima taxa média de acúmulo uma descrição das características morfofisiológicas do dossel nesse momento, tanto para as rebrotações de verão como de inverno. O uso da UF mostrou-se efetivo na predição de características produtivas e no estudo de alguns atributos morfofisiológicos de gramíneas do gênero Panicum. Para que os modelos possam se tornar ferramentas práticas de planejamento de sistemas de produção, há, no entanto, a necessidade de que estudos complementares sejam realizados, aumentado o banco de dados disponível e a amplitude de condições de ambiente e manejo contempladas.
  • DOI: 10.11606/D.11.2004.tde-13122004-103013
  • Editor: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP; Universidade de São Paulo; Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz
  • Data de criação/publicação: 2004-10-21
  • Formato: Adobe PDF
  • Idioma: Português

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