skip to main content

Avaliação do crescimento e estudo do cálcio, fósforo e magnésio em recém-nascidos de muito baixo peso ao nascer, durante os primeiros dois meses de vida

Abdallah, Vânia Olivetti Steffen

Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP; Universidade de São Paulo; Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto 1989-06-27

Acesso online. A biblioteca também possui exemplares impressos.

  • Título:
    Avaliação do crescimento e estudo do cálcio, fósforo e magnésio em recém-nascidos de muito baixo peso ao nascer, durante os primeiros dois meses de vida
  • Autor: Abdallah, Vânia Olivetti Steffen
  • Orientador: Goncalves, Arthur Lopes
  • Assuntos: Alimentação; Crescimento; Recém Nascido De Muito Baixo Peso; Feeding; Growth; Very Low Birth Weight Newborn
  • Notas: Dissertação (Mestrado)
  • Notas Locais: Digitalização: Projeto FINEP 2648, Subprojeto 02 (OFMOVEL) - Adobe Acrobat Pro / HP E52645
  • Descrição: A alimentação de recém-nascidos pré-termo, em especial os de muito baixo peso ao nascer (RNMBP), continua sendo assunto muito controverso. Por apresentar composição mais apropriada, tem-se procurado conseguir leite da própria mãe do pré-termo para alimentá-lo. Contudo, isto nem sempre é possível; mesmo com este leite, nem todas as necessidades nutricionais dessas crianças são preenchidas. Tem sido descrito o aparecimento de raquitismo em RNMBP assim alimentados devido ao baixo teor de cálcio e fósforo no leite humano. Por isso, nos países desenvolvidos, fórmulas especiais para RN pré-termo e \"fortificadores\" para o leite humano foram desenvolvidos, na tentativa de melhorar a nutrição dos pequenos RN pré-termo. Como em nosso meio é difícil conseguir-se com regularidade o leite da própria mãe, alimentando-se estas crianças com leite humano de banco ou fórmulas à base de leite de vaca não específicas para RN pré-termo, propõe-se estudar as repercussões do uso de leite humano de banco e de duas fórmulas infantis derivadas do leite de vaca utilizadas em nosso meio (Nanon e Semilko) no crescimento pondero-estatural e nos níveis séricos do cálcio, fósforo, magnésio e fosfatase alcalina, bem como na mineralização óssea, em recém-nascidos de muito baixo peso ao nascer. Foram estudados 33 recém-nascidos com peso de nascimento menor ou igual a 1500g., distribuídos por sorteio dirigido em 3 grupos de 11 crianças segundo a dieta recebida: Grupo A - leite humano de banco de leite; Grupo B - Nanon a 13,2% e Grupo C - Semilko a 8,6% com acréscimo 5% de hidrato de carbono. Cada Grupo continha 7 crianças com idade gestacional menor que 34 semanas e 4 com 34 ou mais semanas de gestação. As crianças, todas em condições clínicase estáveis, foram seguidas do 15º ao 60º dias de vida, recebendo volume de dieta em torno de 200 ml/Kg/dia. Foram realizadas as seguintes medidas antropométricas: peso, comprimento, perímetro cefálico, perímetro torácico e prega cutânea tricipital média esquerda, aos 15, 30, 45 e 60 (± 2 dias) de vida. Nestas mesmas idades foram colhidas amostras de sangue, 2 ml por amostra, para análise de cálcio, fósforo, magnésio e fosfatase alcalina. Com 15 e 60 dias de vida foram realizadas radiografias de punhos e mãos de todos os recém-nascidos para análise da mineralização óssea. Para análise estatística entre os Grupos utilizou-se o teste \"U\", não paramétrico de Mann-Witney-Wilcoxon, com nível de significância de 5% (p < 0,05). As crianças alimentadas com leite humano de banco apresentaram menor incremento de peso, comprimento, perímetro cefálico e perímetro torácico do que as alimentadas com Semilko (Nestlé> 8,6% + 5% de hidrato de carbono. Não foram verificadas diferenças significativas entre as pregas cutâneas. As dosagens séricas realizadas não mostraram diferenças entre os valores de cálcio entre os três Grupos. As crianças alimentadas com leite humano apresentaram os menores valores séricos de fósforo e magnésio, como também os maiores valores de fosfatase alcalina sérica. O estudo radiológico realizado aos 15 dias mostrou mineralização deficiente na maioria das crianças dos 3 grupos. Aos 60 dias houve melhora na mineralização óssea nos 3 grupos estudados, sendo que apenas 2 crianças do Grupo A, alimentadas com leite humano de banco, ainda mostravam sinais radiológicos de desmineralização. O presente estudo mostrou que o leite humano de banco fornece quantidades insuficientes de cálcio, fósforo e magnésio, principalmente de fósforo e magnésio. Observou-se também nestas crianças menor crescimento que nas alimentadas com as fórmulas infantis Nanon ou Semilko. Estudos devem ser realizados visando \"fortificar\" o leite humano, de preferência da própria mãe, além de se procurar desenvolver fórmulas infantis próprias para RN pré-termo muito pequenos, que possibilitem seu adequado crescimento sem indesejáveis sobrecargas metabólicas.
  • DOI: 10.11606/D.17.1989.tde-16022024-150723
  • Editor: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP; Universidade de São Paulo; Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto
  • Data de criação/publicação: 1989-06-27
  • Formato: Adobe PDF
  • Idioma: Português

Buscando em bases de dados remotas. Favor aguardar.