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Territórios da Prostituição nos Espaços Públicos da Área Central do Rio de Janeiro

de Mattos, Rogério Botelho ; Ribeiro, Miguel Angelo Campos

Revista geográfica - Instituto panamericano de geografía e historia, 1994-07 (120), p.59-78

México: Instituto Panamericano de Geografía e Historia

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Citações Citado por
  • Título:
    Territórios da Prostituição nos Espaços Públicos da Área Central do Rio de Janeiro
  • Autor: de Mattos, Rogério Botelho ; Ribeiro, Miguel Angelo Campos
  • É parte de: Revista geográfica - Instituto panamericano de geografía e historia, 1994-07 (120), p.59-78
  • Descrição: The present paper intends to map and to analyse the acting spaces of a marginal segment of society —the "miches" (male prostitutes), prostitutes and travestites— actually "sex workers" whom walk around public spaces in downtown Rio, during different periods of the day, selling their bodies like a commercial good. Rio's downtown area and its peripheral zone, a place of co-existence and everyday changes, happens to be a stage for deep relationships among different social-spatial contents and thus makes itself propicious even for activities linked to prostitution. So seven areas have been selected to be investigated-all marked by prostitution in its several contents and significances. Such public spaces are dominated by different types of prostitution, forming many times real "fear territories" and "segregation territories". Starting from the statement that those selected areas constitute themselves territories and territorialities, conceptual approaches have been searched in order to explain such questions. Thus Robert David Sack (1986), Edward W. Soja (1993) and Claude Raffestin (1993) were referred to understand how a territory appears and develops itself, and since this point to formulate a concept for the explanation of the prostitution territories. Those "territories" follow the dynamics of the city in which they find themselves inserted, and once established they become able to develop during some time, tending to increase proportionally to the increase of pleasure demands. As well they may fragment as a result from invasions of other groups over the area; or even the intervention of public powers such as the police, politicians, county administration; or even the marginal "power" represented by drug dealing activities, leading in many cases to the complete extinction of the activity in a certain area and its appearing in another one. Este estudo tenta delimitar e analisar espaços de atuação de um segmento marginal da sociedade —“michês” (rapazes de programa), prostitutas e travestis, verdadeiros “operàrios do sexo”—, que flanam pelos espaços públicos do centro carioca, em diferentes horas do dia, a fim de verder seus corpos como mercadorias. A Área Central e sua Zona Periférica, lugar de coexistência e mudanças no dia-a-dia, é o palco onde se realizam profundas relações de seus diferentes conteúdos sócio-espaciais, e, portanto, propícia ao desenvolvimento, até mesmo, de atividades ligadas à prostituição. Desta forma, selecionaram-se sete áreas a ser investigadas e que são marcadas pela prostituição em seus diferentes conteúdos e significados. Esses espaços públicos são apropriados por diferentes tipos de prostituição, formando muitas vezes, verdadeiros “territorios do medo” e da segregação. Partindo do principio que estas áreas selecionadas formam territórios e territorialidades, buscou-se enfoques conceituais que descem conta destas questões. Neste sentido, recorreu-se a Robert David Sack (1986), a Edward W. Soja (1993) e a Claude Raffestin (1993) para compreender como se formam e se mantém um territorio, e a partir daí formular um conceito para o entendimento dos Territoriós da Prostituição. Esses “territorios” acompanham a dinámica da Cidade na qual estão inseridos, e urna vez estabelecidos, podem se sedimentar durante algum tempo, tendendo à expansão caso aumente a procura do comércio do prazer. Da mesma forma, podem se fragmentar em decorrência de invasões de outros grupos sobre a área, ou mesmo da intervenção dos poderes instituídos, como a polícia, os políticos e o poder municipal, e mesmo do poder “marginal” representado pelo narcotráfico, levando em alguns casos, à sua extinção em urna área e/ou o seu reaparecimento em outra.
  • Editor: México: Instituto Panamericano de Geografía e Historia
  • Idioma: Português;Espanhol

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