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Avaliação da ligação de MCP-1/JE em Trypanosoma cruzi e análise molecular de genes que participam do processo de transcrição no parasita

Lucy Megumi Yamauchi Lioni João Santana da Silva

2003

Localização: FMRP - Fac. Medicina de Ribeirão Preto    (Lioni, Lucy Megumi Yamauchi )(Acessar)

  • Título:
    Avaliação da ligação de MCP-1/JE em Trypanosoma cruzi e análise molecular de genes que participam do processo de transcrição no parasita
  • Autor: Lucy Megumi Yamauchi Lioni
  • João Santana da Silva
  • Assuntos: TRYPANOSOMA CRUZI; DOENÇA DE CHAGAS; IMUNOGENÉTICA
  • Notas: Tese (Doutorado)
  • Descrição: O protozoário intracelular Trypanosoma cruzi, agente etiológico da doença de Chagas, infecta um grande número de tipos celulares. A entrada da forma tripomastigota do parasita nas células envolve o recrutamento e fusão dos lisossomos ativados por Ca2+, e formação do vacúolo parasitóforo. O sucesso do estabelecimento da infecção pelo parasita, depende da sua entrada nas células alvo. As cepas de T. cruzi possuem tropismo por diferentes tecidos sendo que isto pode ser dependente do padrão de citocinas e quimiocinas secretado pelas células dos animais infectados. No modelo experimental, onde camundongos infectados durante o pico da parasitemia, recebiam um estímulo quimiotático numa cavidade artificial estéril no seu dorso, após a injeção de MCP-1/JE observou-se que ocorria um acúmulo de formas ao tipo amastigotas de T. cruzi nesta cavidade. Posteriormente foi verificada que este acúmulo poderia ser conseqüência direta das quimiocinas que estaria agindo nas formas tripomastigotas circulantes, levando a mudança morfológica ou do estágio evolutivo. Estes resultados levam a sugerir que as formas amastigotas e tripomastigotas possuiríam um receptor ou ligante para as quimiocinas MCP-l/JE, e que estas quimiocinas podem estar atuando nos processos de migração do parasita no hospedeiro durante a infecção. Os resultados sugerem a presença de um ligante na superfície dos parasitas. A ligação da quimiocina MCP-l/JE foi observada nas três formas do parasita T. cruzi cepa Y,
    sendo que, a maior ligação foi observada em formas tripomastigotas. A ligação da quimiocina MCP-l/JE foi inibida quando foi utilizado anticorpo bloqueador anti-JE. Estudos comparativos entre a cepa Y e Colombiana mostra à população de parasitas ligados a MCP-1/JE é maior na cepa Colombiana, mas a intensidade de ftuorescência é maior na cepa Y, sugerindo que a cepa Y tenha um maior número de ligantes em sua superfície do que a outra cepa. O isolamento deste receptor foi realizado utilizando como sonda o done H350 marcado com fósforo radioativo e uma biblioteca de cDNA de formas tripomastigotas de T. cruzi. O done H350 codifica para uma região conservada do gene CCR2 (receptor de quimiocina 2). Nove dones foram isolados, excisados e denominados de: 12, 16, 19, 1.1, 8.1, 8.2, 10.2, A.l e B.1. Estes does foram totalmente seqüenciados e analisados pela similaridade com outros genes depositados nos bancos de dados do GeneBank. Eles não possuem similaridade com os genes que codificam para o receptor de quimiocina, mas eles são genes ainda não descritos em T. cruzi. A ausência do receptor em T. cruzi levou a postular outro mecanismo no qual as quimiocinas estariam ligando-se ao parasita. Dados da literatura mostram que as quimiocinas podem ligar-se a glicosaminoglicanas na superfície de células endoteliais, sendo este tipo de ligação independente de receptores de quimiocinas. A quimiocina MCP-l/JE também se liga às formas taquizoítas
    de T. gondii sugerindo que o tipo de ligação pode estar ocorrendo através da interação da quimiocina com proteínas presentes que não são receptores de quimiocinas (7- TM). Além disso, os resultados obtidos com a inibição da ligação da quimiocina à superfície de formas tripomastigotas de T. cruz; por glicosaminoglicanas sugerem que o tipo de ligação pode estar ocorrendo através da adesão da quimiocina com grupos carboidratos presentes em abundância na superfície do parasita, como por exemplo a mucina, uma glicoproteína carregada negativamente. A caracterização dos dones resultou no perfil de hibridação dos genes isolados bem como na análise de transcritos de alguns deles. Foi feita a expressão dos dones 16, 8.1 e B.l em sistemas heterólogos (E. coli). Estas proteínas foram eluídas do gel de poliacrilamida e utilizadas para imunizações de animais Balb/c para a produção de anticorpos polidonais. Ensaios de proteção de animais imunizados com as proteínas recombinantes e desafiados com 1000 formas de tripomastigotas de T. cruz; resultaram em uma diminuição nos índices de parasitemia dos animais imunizados com as proteínas recombinantes mas isto não foi o suficiente para proteger estes animais da morte
  • Data de criação/publicação: 2003
  • Formato: 104 p.
  • Idioma: Português

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