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Trajetórias Trans: apoio social e relações afetivo-sexuais de transexuais

Silva, Mariana Furtado

Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP; Universidade de São Paulo; Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirão Preto 2018-06-27

Acesso online. A biblioteca também possui exemplares impressos.

  • Título:
    Trajetórias Trans: apoio social e relações afetivo-sexuais de transexuais
  • Autor: Silva, Mariana Furtado
  • Orientador: Santos, Manoel Antonio dos
  • Assuntos: Apoio Social; Identidade De Gênero; Sexualidade; Suporte Social; Transexualidade; Gender Identity; Sexuality; Social Support; Transsexuality
  • Notas: Dissertação (Mestrado)
  • Descrição: Estudos mostram que transexuais vivenciam preconceitos e discriminação em suas relações familiares e sociais, o que pode acarretar vivências de sofrimento, ansiedade e depressão. Existem evidências de que o vínculo satisfatório com um parceiro afetivo e a presença de uma rede de apoio pessoal adequada atuam como proteção em relação a manifestações de estresse, ansiedade e depressão, além de serem igualmente protetivos durante a revelação e assunção da transexualidade. Contudo, pouco se conhece sobre a rede de apoio e a qualidade dos relacionamentos afetivo-sexuais das pessoas transexuais em processo de transição. A partir de tais considerações, o presente estudo teve por objetivo investigar os relacionamentos familiares e afetivo-sexuais de pessoas transexuais e compreender como esses relacionamentos estão inseridos na sua rede de apoio social. Trata-se de um estudo qualitativo, descritivo-exploratório, com delineamento transversal. Como referencial metodológico foi utilizado o estudo de casos múltiplos e como marco teórico, a teoria dos roteiros sexuais de Gagnon e Simon. Participaram do estudo doze pessoas. São seis mulheres transexuais e seis homens transexuais, com idades entre 19 e 58 anos, que vem sendo acompanhados por um serviço ambulatorial especializado vinculado ao sistema de saúde pública. A coleta de dados foi realizada por meio da aplicação dos seguintes instrumentos: roteiro de entrevista semiestruturada, com questões que buscavam circunscrever a rede familiar e de apoio social, Genograma, Mapa de Rede. Os dados da entrevista foram submetidos à análise de conteúdo na modalidade temática, e a interpretação dos resultados foi pautada no referencial teórico adotado. Os resultados obtidos indicam ambiguidade na reação de familiares frente à revelação da transexualidade, oscilando entre aceitação e rejeição. Os relacionamentos afetivos estabelecidos pelos(as) participantes tendem a se fragilizar e se desfazer frente à pressão do julgamento social e à dificuldade de reconhecimento do gênero assumido. O processo de construção da identidade como mulher ou homem transexual é marcado por mudanças nas concepções de gênero, de sexualidade e de papéis sociais, destacando o nome social e a luta pelo reconhecimento legal e obtenção dos novos documentos como faceta crucial nesse processo. A presença de uma rede apoio social, com participação ativa de familiares e amigos, parece exercer uma função de proteção e acolhimento frente às inúmeras dificuldades enfrentadas pelas pessoas transexuais em seu processo de transição, ocasionadas pelo preconceito e intolerância enfrentados.
  • DOI: 10.11606/D.59.2018.tde-22082018-150609
  • Editor: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP; Universidade de São Paulo; Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirão Preto
  • Data de criação/publicação: 2018-06-27
  • Formato: Adobe PDF
  • Idioma: Português

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