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Aspectos da transmissão de leishmanioses no assentamento Guaicurus, Planalto da Bodoquena, Estado de Mato Grosso do Sul, Brasil, 2002-03 infecção natural em animais domésticos e vetores

Elisa San Martin Mouriz Savani Eunice Aparecida Bianchi Galati

2004

Localização: FSP - Faculdade de Saúde Pública    (https://doi.org/10.11606/T.6.2004.tde-19032021-170228 )(Acessar)

  • Título:
    Aspectos da transmissão de leishmanioses no assentamento Guaicurus, Planalto da Bodoquena, Estado de Mato Grosso do Sul, Brasil, 2002-03 infecção natural em animais domésticos e vetores
  • Autor: Elisa San Martin Mouriz Savani
  • Eunice Aparecida Bianchi Galati
  • Assuntos: DOENÇAS PARASITÁRIAS (TRANSMISSÃO); LEISHMANIOSE CUTÂNEA (EPIDEMIOLOGIA); LEISHMANIOSE VISCERAL (EPIDEMIOLOGIA); REAÇÃO EM CADEIA POR POLIMERASE
  • Notas: Tese (Doutorado)
  • Descrição: Objetivo. No Estado de Mato Grosso do Sul (MS), como em outros estados brasileiros, a leishmaniose tegumentar americana (LTA) e a leishmaniose visceral americana (LVA) apresentam ampla distribuição geográfica. Estudos entomológicos e epidemiológicos realizados no Assentamento Guaicurus, município de Bonito, MS identificaram a presença de vetores de leishmanioses e a ocorrência de casos humanos de LTA e casos de LVA em cães. O presente trabalho, inserido em um projeto mais amplo que dá continuidade a esses estudos, teve por objetivo identificar a infecção natural por Leishmania em animais domésticos e vetores e ampliar o conhecimento sobre o comportamento da fauna flebotomínea, em ecossistemas do Assentamento Guaicurus e analisar esses encontros à luz dos fatores ambientais. Métodos. Foram examinados 53 eqüinos e 129 cães, dos quais se obtiveram amostras de sangue para a realização da reação de imunofluorescência indireta. As amostras de cães também foram submetidas ao ensaio imunoenzimático. Dos animais reagentes, foram colhidas amostras de aspirado medular para confecção de lâminas, tentativa de isolamento em meio de cultura, inoculação em hamster e realização da reação em cadeia da polimerase (PCR). Nesta última, também foram utilizadas amostras de creme leucocitário destes animais. A fauna flebotomínea foi pesquisada no período de outubro de 2002 a outubro de 2003, realizando-se capturas quinzenais com armadilhas automáticas luminosas dotadas de inseticidas, instaladas em 25 pontos, distribuídos em áreas de mata, de cultivo, peridomiciliares e intradomiciliares e em uma gruta. Para a obtenção de fêmeas a serem dissecadas para a investigação da infecção natural por flagelados, mensalmente, eram feitas capturas com armadilhas de Shannon por dois ou três dias consecutivos,
    das 18h:00 às 22h:00 em alguns dos peridomicílios e foram instaladas armadilhas automáticas luminosas, sem inseticida, em vários ambientes do Assentamento Guaicurus. As fêmeas dissecadas, após identificação do flebotomíneo e investigação de flagelados sob microscopia, foram mantidas em álcool 70%. Posteriormente, essas fêmeas foram submetidas à PCR para detecção de DNA do parasita e sua identificação por seqüenciamento. Resultados. Todos os eqüinos pesquisados apresentaram-se não reagentes. Entre os cães foi observado pela reação de imunofluorescência indireta, uma soro-prevalência de 15,5% (20/129) e 31,0% (40/129) pelo ensaio imunoenzimático. Dentre os cães reagentes, foi possível colher nova amostra de sangue de 28 animais e aspirado de medula óssea de 24, sendo encontrados cães infectados por Leishmania (Leishmania) chagasi, Leishmania (Viannia) sp e Leishmania (L.) amazonensis. Em relação à fauna de flebotomíneos, foram capturados 19538 espécimes pertencentes a 15 espécies. Nas capturas quinzenais com armadilhas automáticas luminosas, com exceção da gruta, único ambiente onde Lutzomyia longipalpis não foi capturada e Lutzomyia almerioi predominou absolutamente, a primeira teve as suas freqüências mais elevadas em todos os ambientes, em ordem decrescente, mata, ambiente de cultivo, peridomicílio e intradomicílio, sempre seguida de Lu. almerioi e Nyssomyia whitmani. Lu. longipalpis e Ny. whitmani apresentaram densidades mais elevadas no verão e em julho e Lu. almerioi somente no verão. Entre as 1395 fêmeas dissecadas, foram observadas ao microscópio, três de Lu. almerioi infectadas por flagelados. Pools de fêmeas dissecadas de Lu. almerioi, Lu. longipalpis e Ny. whitmani foram pesquisados por PCR, com 15 amostras positivas.
    Detectou-se a presença de DNA das três Leishmania, acima descritas em Lu. longipalpis e de Leishmania (L.) chagasi e de Leishmania (Viannia) sp em fêmeas de Lu. almerioi. Conclusões. A presença de cães e de fêmeas de flebotomíneos infectadas por L. (L.) chagasi, L. (L.) amazonensis e L. (Viannia) sp, são indicativos da transmissão de ambas as formas de leishmaniose, LTA e LVA na população canina, no Assentamento Guaicurus. Possivelmente, Lu. longipalpis e Lu. almerioi atuem como vetoras, sendo o verão o período de maior risco para a transmissão, em virtude das densidades mais elevadas observadas nesta estação.
  • Data de criação/publicação: 2004
  • Formato: [177]p anexos.
  • Idioma: Português

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