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Modernidades em confronto: as literaturas modernistas brasileiras e portuguesa

Teixeira, Ana Lucia De Freitas

Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP; Universidade de São Paulo; Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas 2009-06-16

Acesso online. A biblioteca também possui exemplares impressos.

  • Título:
    Modernidades em confronto: as literaturas modernistas brasileiras e portuguesa
  • Autor: Teixeira, Ana Lucia De Freitas
  • Orientador: Arruda, Maria Arminda do Nascimento
  • Assuntos: Cultura; Modernidade; Modernismo; Sociologia; Culture; Modernism; Modernity; Sociology
  • Notas: Tese (Doutorado)
  • Descrição: Esta tese busca investigar as razões pelas quais foi necessário romper o diálogo, ou ao menos silenciar sobre ele, entre os escritores do Modernismo brasileiro e do Modernismo português. Envolvidos que estavam em uma problemática comum, a da renovação das linguagens artísticas, tanto modernistas brasileiros quanto portugueses encontraram um patamar comum no qual estabelecer seu enfrentamento mais direto: aquele que pudesse fazer ruir os parâmetros acadêmicos da arte nacional em prol de uma linguagem renovada cujos efeitos excederiam largamente o plano da literatura. Tanto em Portugal quanto no Brasil, desenvolveu-se um verdadeiro projeto que costurava uma renovação da linguagem artística com a modernização da própria nação, articulando, portanto, o movimento modernista com uma proposição de Modernidade. Daí que a noção de Modernidade que se pôde fazer brotar a partir de ambos os movimentos possui, na contramão do que se deu com o Modernismo centroeuropeu, uma marcada fisionomia nacionalista. Esse atributo comum é mobilizado na esteira da perspectiva de múltiplas Modernidades que podem ser formuladas dentro de cada um desses projetos modernistas e a partir das especificidades sociais de que cada um deles dispunha. A despeito dessa problemática de fundo comum, que mobilizou a ambos, as soluções textuais encontradas são bastante diversas: no caso brasileiro, tratou-se, na afirmação de uma autonomia nacional, de rasurar parte componente de seu passado e constituir um cânone literário que se estrutura sobre uma perspectiva auto-referida, como se a cultura brasileira não tivesse se originado de nada que não dela própria, numa perspectiva autóctone que é tão mais eficaz quanto mais velado é esse seu atributo; no caso português, tratou-se de abdicar de um dos mais fundamentais eixos do Modernismo, o da negação do passado, nele fincando a imagem a partir da qual foi possível fazer ressurgir um Portugal modernizado. É precisamente na saída encontrada por cada um desses movimentos para se compassar com as vanguardas modernistas centro-européias que reside a incompatibilidade que os levou a impedir um debate intelectual profícuo: como parte do passado negado pelo Modernismo brasileiro, Portugal é tomado por atrasado e posto de lado, a despeito da antecedência do seu movimento modernista; como figura não conivente com o mito do heroísmo desbravador do português que deu ao mundo moderno o traçado que ele tem hoje, o Brasil é interlocutor de somenos importância. É na discussão dos meandros dessas aproximações e distanciamentos que se estrutura esta tese.
  • DOI: 10.11606/T.8.2009.tde-19022010-154219
  • Editor: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP; Universidade de São Paulo; Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas
  • Data de criação/publicação: 2009-06-16
  • Formato: Adobe PDF
  • Idioma: Português

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