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Discursos e práticas: um estudo do jornalismo investigativo no Brasil

Melo, Seane Alves

Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP; Universidade de São Paulo; Escola de Comunicações e Artes 2015-07-03

Acesso online. A biblioteca também possui exemplares impressos.

  • Título:
    Discursos e práticas: um estudo do jornalismo investigativo no Brasil
  • Autor: Melo, Seane Alves
  • Orientador: Gomes, Mayra Rodrigues
  • Assuntos: Autorrepresentação; Jornalismo Investigativo; Emergência; Discurso; Campo Jornalístico; Emergence; Discourse; Investigative Journalism; Journalistic Field; Self-Representation
  • Notas: Dissertação (Mestrado)
  • Descrição: Quais as definições do jornalismo investigativo no Brasil? Na prática profissional, o que o distingue do jornalismo de modo geral e de outras especialidades da área? Quais os critérios de consagração de um jornalista como repórter investigativo? Essas e outras questões estão no seio desta pesquisa que busca identificar as condições de possibilidade da emergência dos discursos sobre o jornalismo investigativo em nosso país e, principalmente, esclarecer as apropriações que foram feitas a partir deles. Nosso intuito era compreender as definições de jornalismo investigativo que têm sido trabalhadas na bibliografia nacional à luz das disputas que tomam forma no interior do campo jornalístico. Partimos da análise de obras teóricas sobre o tema, de coletâneas de reportagens investigativas e de fontes documentais (como resultados de premiações, dados de associações etc.) para levantarmos definições, referências e apropriações do discurso do \"jornalismo investigativo\" em nosso país. Ao longo da pesquisa - que se focou na análise de obras publicadas principalmente entre 1970 e 2010 - conseguimos identificar três eixos nos quais as definições de JI poderiam ser divididas (um com foco no papel ativo do jornalista, outro com foco na função de denúncia e um terceiro que considera o jornalismo investigativo um pleonasmo) e, pelo menos, três usos diferentes dessa especialidade jornalística: ora ela aparece como sinônimo de grande reportagem, ora está identificada com o jornalismo policial e, após a redemocratização e a profissionalização do jornalismo brasileiro, ela será mais identificada com o escândalo político. Argumentamos que cada um desses deslocamentos de sentido, que por vezes são muito sutis e não necessariamente lineares, podem ser entendidos como posicionamentos diante de acontecimentos e transformações que ocorreram no período: o fim da censura prévia e o início da abertura política do regime militar, o crescimento do papel das Relações Públicas e das assessorias de imprensa, as regulamentações profissionais e o desenvolvimento do ensino de jornalismo, bem como as reformas editoriais em grandes veículos de comunicação. Compreendendo essas disputas e tendo em vista as transformações que as novas mídias estão promovendo no campo, defendemos uma nova compreensão do jornalismo investigativo, em termos de sua posição em relação à esfera do poder, que recusa os critérios puramente baseados nos métodos de apuração ou nos seus efeitos.
  • DOI: 10.11606/D.27.2016.tde-19092016-155529
  • Editor: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP; Universidade de São Paulo; Escola de Comunicações e Artes
  • Data de criação/publicação: 2015-07-03
  • Formato: Adobe PDF
  • Idioma: Português

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