skip to main content

Efeito da abordagem do desejo sexual hipoativo feminino pelo ginecologista em um serviço especializado de cuidado à saúde sexual da mulher

Nascimento, Bruna Holanda Luz Do

Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP; Universidade de São Paulo; Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto 2023-08-24

Acesso online. A biblioteca também possui exemplares impressos.

  • Título:
    Efeito da abordagem do desejo sexual hipoativo feminino pelo ginecologista em um serviço especializado de cuidado à saúde sexual da mulher
  • Autor: Nascimento, Bruna Holanda Luz Do
  • Orientador: Lara, Lucia Alves da Silva
  • Assuntos: Desejo Sexual Hipoativo; Disfunção Sexual; Hypoactive Sexual Desire; Sexual Dysfunction
  • Notas: Dissertação (Mestrado)
  • Descrição: Introdução: O Desejo Sexual Hipoativo (DSH) é a disfunção sexual mais prevalente entre as mulheres. Está associado ao sofrimento psicológico significativo e à baixa qualidade de vida. No Brasil, uma revisão sistemática mostrou prevalência de 11 a 75%. Apesar da alta prevalência, os médicos, raramente, avaliam a função sexual de suas pacientes decorrente da inabilidade em abordar tal assunto devido à educação médica sobre sexualidade humana ser incompleta na graduação. Assim, é fundamental ensino sobre sexualidade humana desde a graduação médica e, para os Ginecologistas e Obstetras, um treinamento para prepara-los para a abordagem da queixa sexual feminina. Objetivo: verificar os resultados das estratégias utilizadas pelo Ginecologista e Obstetra no tratamento do desejo sexual hipoativo feminino e caracterizar o perfil das mulheres atendidas com DSH em serviço especializado. Método: coorte retrospectiva com revisão de prontuários e coleta de dados dos casos de DSH do ambulatório de Estudos em Sexualidade Humana do Centro de Reprodução Humana, do Departamento de Ginecologia e Obstetrícia FMRPUSP de 2005 a 2019. Foi realizada análise exploratória e as variáveis foram resumidas em frequências absolutas e relativas e o teste qui-quadrado foi aplicado. Em seguida, estimado o risco relativo bruto e o risco relativo ajustado. No modelo multivariado, foram incluídas as variáveis que apresentaram uma relevância estatística na análise univariada. Resultados: Das 437 (100%) mulheres com DSH incluídas no estudo, 361(82,60%) responderam ao questionamento sobre o efeito do protocolo ao qual foram submetidas. Destas, 234 (64,82%) mulheres referiram melhora do desejo sexual. O modelo univariado (Tabela 4) evidenciou que pacientes sem dor pélvica crônica têm 19% menos chances de referir melhora do DSH em relação a quem tem dor pélvica crônica (188/301 (62,45%) vs. 46/60 (76,66%); RR 0,81 IC 95% 0,69-0,96/ p= 0,03). As pacientes sem depressão têm 32% mais chances de melhorar o DSH em relação àquelas que tem (176/252 (69,84%) vs. 57/108 (52,77%); RR 1,32 IC 95% 1,08-1,6/ p= 0,001). As pacientes sem disfunção orgásmica tem 23% mais chances de melhorar o DSH do que as mulheres que relataram esta disfunção (125/175 (71,42%) vs. 105/181 (58%) RR 1,23 IC 95% 1,05-1,43/ P=0,008). As mulheres com disfunção de excitação têm 19% menos chances de referir melhora do DSH em relação às mulheres com excitação preservada (119/202 (58,91%) vs. 110/152 (72,36%); RR 0,81 IC 95% 0,69-0,94/ P= 0,008). Quem não fez fisioterapia tem 22% menos chances de melhora do DSH em relação a quem fez (41/52 (78,84%) vs. 190/306 (62%); RR 0,78 IC 95% 0,66-0,92/ p= 0,01). A análise univariada evidenciou relevância estatística em: dor pélvica crônica, depressão, excitação, disfunção orgásmica e fisioterapia, porém este efeito não se confirmou no modelo multivariado.
  • DOI: 10.11606/D.17.2023.tde-10112023-162130
  • Editor: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP; Universidade de São Paulo; Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto
  • Data de criação/publicação: 2023-08-24
  • Formato: Adobe PDF
  • Idioma: Português

Buscando em bases de dados remotas. Favor aguardar.